Socialismo: um mundo sem opressão

Karl Marx não foi o primeiro socialista. Ele não foi o primeiro a prever um futuro comunista, sem a opressão e a degradação a que o povo está submetido.

No entanto, Marx foi o primeiro a entender que o socialismo só poderia ser o resultado da luta de classes. A classe capitalista, que detém os bancos, fábricas e vasta riqueza da sociedade, está constantemente em luta com a classe trabalhadora, com aqueles que não possuem nada para vender a não ser sua força de trabalho.

Karl Marx também apontou que "a ideologia dominante de uma época é a ideologia da classe dominante dessa época". Assim como as ideias que dominavam durante o feudalismo eram as ideias dos reis e dos nobres, as ideias que prevalecem no mundo agora, através da propriedade privada da mídia, são as ideias dos capitalistas e dos banqueiros.

Por essa razão, mentiras descaradas são apresentadas como sendo a realidade.

Uma mentira que tem sido comumente aceita é a de que o socialismo é uma boa ideia, mas que falhou em todos os lugares em que foi experimentado. Na verdade, é exatamente o contrário. Em todos os lugares em que o socialismo foi implementado os resultados significaram grandes vitórias e avanços para o povo.

Na União Soviética, onde nossa classe tomou o poder pela primeira vez, o analfabetismo foi abolido. O desemprego foi eliminado. As primeiros naves espaciais a orbitar a Terra foram lançadas, fazendo do povo soviético o primeiro a "conquistar os céus", como alguns dizem.

Tudo isso foi conquistado apesar de os imperialistas nunca darem à URSS um momento de paz. Quer fossem as forças enviadas imediatamente após a revolução para abortá-la, quer seja a invasão nazista ou a ameaça de aniquilação nuclear pelo presidente Ronald Reagan, o povo soviético fez tudo o que fez debaixo de extremas ameaças da classe capitalista mundial.

Hoje Cuba resiste como um exemplo de uma sociedade socialista. Cuba tem a maior expectativa de vida da América Latina e uma taxa de mortalidade infantil menor do que a dos EUA.

Em janeiro Cuba celebrará seu 50º aniversário sem analfabetismo, pois depois da revolução o governo cubano enviou a juventude para o campo a fim de educar o povo. [Em abril de 1961 Cuba lançou a Campanha de Alfabetização Nacional.] O objetivo era armar o povo com a capacidade de ler e aprender, de forma que eles pudessem governar a sociedade, e não uma classe capitalista ou uma burocracia.

Qual é a falha nisso?

Uma outra mentira nos diz que o imperialismo está ajudando o mundo. Acabamos de ouvir sobre os crimes que o imperialismo está cometendo contra as mulheres ao redor do mundo.

Quando você compara os vários países onde o imperialismo detém o poder, vê-se uma opressão brutal. Na Nigéria, onde a Shell detém o governo, o resultado é desemprego em massa, desnutrição e falta das necessidades básicas.

No entanto, a mais alta expectativa de vida da África está na Líbia, onde um governo nacionalista tomou o controle do petróleo e o usa para o bem do povo. Eu concordo com Vince Copeland, um fundador do nosso partido, que é hora de fazermos o mesmo porque o petróleo pertence ao povo!

Outra mentira que nos dizem é que este é o maior país do mundo e que os trabalhadores nos EUA estão em melhores condições do que os trabalhadores de qualquer outro lugar. Isso é falso.

Em países com fortes sindicatos e partidos socialistas e comunistas, muitos trabalhadores já conquistaram inúmeras concessões. Sistema de saúde nacional, melhores salários e educação gratuitas beneficiam os trabalhadores em países imperialistas, resultando disso uma maior expectativa de vida, uma menor taxa de mortalidade infantil e uma melhor qualidade de vida.

O grande revolucionário Frederick Douglas disse: "O poder não concede nada sem luta."

Nós, como um partido revolucionário, temos que nos envolver em cada luta por direitos básicos e justiça. Além do mais, precisamos trazer ao povo nossa mensagem revolucionária de que os trabalhadores podem se insurgir e construir o futuro que todos merecem.

Tradução de Glauber Ataide

Excertos de uma intervenção de Caleb T. Maupin na conferência do Workers World Party em Nova Iorque.

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