Mais revolta nos EUA: agora em Maryland

"Eu nunca vi algo parecido com isso". Assim se expressou o secretário do departamento de serviços gerais do estado de Maryland, Alvin Collins, enquanto observava milhares de trabalhadores sindicalizados marchando rumo à assembléia do estado.

Aproximadamente 36 estados americanos (de um total de 50) estão adotando medidas de cortes contra os trabalhadores, retirando verbas da educação, da saúde e das pensões, como é o caso de Maryland.

Na cidade de Annapolis milhares de pessoas manifestaram em frente à assembléia visando proteger suas pensões e o financiamento da educação pública.

Participaram do movimento trabalhadores dos maiores sindicatos do estado, incluindo o "American Federation of State, County and Municipal Employess" e da "Maryland State Education Association", que representa os professores. Eles tocaram sinos e fizeram muito barulho, gritando palavras de ordem.

O governador Martin O'Malley pretende aumentar impostos para cubrir um suposto déficit de U$19 bilhões em pensões. Ele já submeteu à assembléia, em janeiro, um projeto de lei para cortar U$94 bilhões de dólares das escolas públicas.

"Este é o cara que gosta de você, e olha o que está fazendo por você", disse Thomas Corkran, um aposentado de manutenção e reparos, que passou 21 anos de sua vida ensinando detentos a fazer reparos em prédios públicos.

Um trio de professoras do sul do estado disse que vieram à manifestação porque queriam que os legisladores entendessem a dor que sentiriam se suas pensões sofressem cortes.

"Nós trabalhamos muito e agora simplesmente nos dizem que nosso dinheiro não está lá", afirma Angela Baker, que foi professora de matemática por 28 anos.

Kathy Miles, por 30 anos também professora de matemática, ironiza: "Não ligaríamos se os legisladores tomassem do mesmo veneno que nos aplicam."


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