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Com versões das Reflexões de Fidel Castro e artigos da atualidade sobre diversos temas nacionais e internacionais, Cubadebate inaugura hoje sua página em idioma português, que pode ser acessada no endereço http://pt.cubadebate.cu/

Esta página se une às versões em inglês e em francês de uma série de multiblogs em pelo menos 8 idiomas que começamos a publicar, como preparação para um novo design de nosso site, presente na internet desde 5 de agosto de 2003.

Não é um espelho mimético do site em espanhol. Cubadebate em português reproduz alguns de nossos materiais mais populares e os serviços da chamada web 2.0, com canais próprios no Facebook e no Twitter, além de manter abertas suas páginas com as opiniões dos internautas. Também possui um canal com informações do Brasil, com a conta Cubadebate_bra


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O que é capitalismo?

O trecho abaixo foi extraído do livro "Sobre as greves", de Lenin. Define sucintamente o capitalismo e fala sobre a luta entre os capitalistas e os trabalhadores sobre o salário.

Denomina-se capitalismo a organização da sociedade em que a terra, as fábricas, os instrumentos de produção, etc. pertencem a um pequeno número de latifundiários e capitalistas, enquanto a massa do povo não possui nenhuma ou quase nenhuma propriedade e deve, por isso, alugar sua força de trabalho.

Os latifundiários e os industriais contratam os operários, obrigando-os a produzir tais ou quais artigos, que eles vendem no mercado. Os patrões pagam aos operários exclusivamente o salário imprescindível para que estes e sua família mal possam subsistir, e tudo que o operário produz acima dessa quantidade de produtos necessária para a sua manutenção o patrão embolsa; isso constitui seu lucro.

Portanto, na economia capitalista, a massa do povo trabalha para os outros, não trabalha para si, mas para os patrões, e o faz por um salário.

Compreende-se que os patrões tratem sempre de reduzir o salário; quanto menos entreguem aos operários, mais lucro lhes sobra. Em compensação, os operários tratam de receber o maior salário possível, para poder sustentar sua família com uma alimentação abundante e sadia, viver numa boa casa e não se vestir como mendigos, mas como se veste todo mundo. Portanto, entre patrões e operários há uma constante luta pelo salário: o patrão tem liberdade de contratar o operário que quiser, pelo que procura o mais barato. O operário tem liberdade de alugar-se ao patrão que quiser, e procura o mais caro, o que paga mais. Trabalhe o operário na cidade ou no campo, alugue seus braços a um latifundiário, a um fazendeiro rico, a um contratista ou a um industrial, sempre regateia com o patrão, lutando contra ele pelo salário.

Morre sobrinha de Lenin

Morreu ontem (25/03/2011) uma das últimas familiares de Lenin, sua sobrinha Olga Ulyanova.

Lenin não teve filhos, e Olga era filha do irmão mais novo de Lenin, Dmitry Ulyanov, que também foi do Partido Bolchevique.

Ela tinha 89 anos, era professora de Química e escreveu diversos livros falando positivamente de seu tio.

Ela dizia ter ótimas lembranças de quando brincava no Kremlin com os filhos de outros camaradas líderes do Partido Bolchevique, mas disse que nunca abusou de seu status de "queridinha" do tio Lenin.

Após o colapso da URSS ela se opôs àqueles que queriam enterrar o corpo de Lenin, que se encontra embalsamado num mausoléu, na Praça Vermelha, aberto à visitação pública.

Agora, um dos últimos parentes vivos de Lenin é o padre Dmitry Ulyanov, que segundo um jornal conservador russo, exigiu que sua paróquia adorasse imagens de Lenin e de Stalin (será?).

Fonte: http://redantliberationarmy.wordpress.com/2011/03/25/niece-of-vladimir-lenin-dies-in-moscow/

Vídeo: após um bombardeio em Trípoli

Imagens gravadas logo após um bombardeio em Trípoli, capital da Líbia. Parabéns ao "Prêmio Nobel da Paz", presidente Obama, e ao consórcio imperialista. É para isso que vieram ao mundo.





Amor e Revolução - nova novela do SBT

A julgar pelo trailer, parece que esta nova novela do SBT terá uma boa linha política. Mas vamos aguardar a estréia, com cautela e muitas reservas.




Mais revolta nos EUA: agora em Maryland

"Eu nunca vi algo parecido com isso". Assim se expressou o secretário do departamento de serviços gerais do estado de Maryland, Alvin Collins, enquanto observava milhares de trabalhadores sindicalizados marchando rumo à assembléia do estado.

Aproximadamente 36 estados americanos (de um total de 50) estão adotando medidas de cortes contra os trabalhadores, retirando verbas da educação, da saúde e das pensões, como é o caso de Maryland.

Na cidade de Annapolis milhares de pessoas manifestaram em frente à assembléia visando proteger suas pensões e o financiamento da educação pública.

Participaram do movimento trabalhadores dos maiores sindicatos do estado, incluindo o "American Federation of State, County and Municipal Employess" e da "Maryland State Education Association", que representa os professores. Eles tocaram sinos e fizeram muito barulho, gritando palavras de ordem.

O governador Martin O'Malley pretende aumentar impostos para cubrir um suposto déficit de U$19 bilhões em pensões. Ele já submeteu à assembléia, em janeiro, um projeto de lei para cortar U$94 bilhões de dólares das escolas públicas.

"Este é o cara que gosta de você, e olha o que está fazendo por você", disse Thomas Corkran, um aposentado de manutenção e reparos, que passou 21 anos de sua vida ensinando detentos a fazer reparos em prédios públicos.

Um trio de professoras do sul do estado disse que vieram à manifestação porque queriam que os legisladores entendessem a dor que sentiriam se suas pensões sofressem cortes.

"Nós trabalhamos muito e agora simplesmente nos dizem que nosso dinheiro não está lá", afirma Angela Baker, que foi professora de matemática por 28 anos.

Kathy Miles, por 30 anos também professora de matemática, ironiza: "Não ligaríamos se os legisladores tomassem do mesmo veneno que nos aplicam."


Stalin - história crítica de uma lenda negra

Praticamente toda a literatura do Ocidente em torno da vida e da obra de Stalin é uma construção da Guerra Fria. São distorções gritantes, falsificações grosseiras e omissões criminosas sobre a vida do líder soviético.

Mas Losurdo, nesta obra, critica com grande desenvoltura temas que, por repetidos por mais de mil vezes e em mais de mil lugares, acabaram por se tornar "verdades" sobre Stalin.

Ele desmistifica a falsa assimilação entre Hitler e Stalin, mostrando a distância abismal entre os dois, tanto no plano político quanto ideológico. Mostra como, na verdade, havia mais afinidades entre Hitler e os líderes ocidentais (Churchill e Roosevelt, principalmente), do que entre este e Stalin.

Também desconstroi mitos como o antissemitismo de Stalin e o Holodomor (suposta fome ucraniana causada por ele). Sobre a "carestia terrorista", documenta fomes provocadas pela Inglaterra colonial e pelos EUA que simplesmente são omitidos nos mesmos livros de história que caluniam Stalin.

Contextualiza o "grande terror" e mostra como a situação política da década de 1930 foi uma reação do governo soviético a conspirações reais que ameaçavam o país (que chegaram até mesmo a assassinar Kirov).

O que tem se difundido no ocidente sobre Stalin é uma "lenda negra", que realmente não é nada mais que isso: lenda, mito. Daí a necessidade de se escrever uma história crítica sobre essa "lenda negra".

Autores modernos tentam até mesmo fazer análises psicológicas de Stalin, atribuindo-lhe psicopatologias para explicar o tal "terror". Mas o curioso é que o próprio Sigmund Freud não teve interesse em analisar Stalin, mas escreveu em seu tempo justamente sobre o presidente dos EUA, Wilson!

Enfim, esta obra, juntamente com "Stalin - um novo olhar", de Ludo Martens, é leitura obrigatória para quem quer ir além da cortina de fumaça construída pela Guerra Fria e seus ideólogos, tais como Hannah Arendt, autora comprovadamente patrocinada pela CIA.


Onda de protestos só cresce nos EUA: agora é Ohio

Ataque furioso contra os trabalhadores: greve pode virar crime e dar cadeia em Ohio. Mais de 8.500 pessoas protestam, engrossando a onda de manifestações em vários pontos dos EUA.

A onda de protestos só cresce nos EUA. Uma multidão de 8.500 pessoas se reuniram no Parlamento de Ohio, na cidade de Columbus, contra o projeto de lei antitrabalhista conhecido como "Senate Bill 5", que era esperado para votação nesta terça, mas que ainda pode ser votado nesta semana.



O projeto, com apoio do governador republicano John Kasich, proibiria a negociação coletiva para 42.000 trabalhadores do estado, além de outros 19.500 trabalhadores da universidade estatal e do sistema de ensino. Ele também reduziria o direito de greve dos trabalhadores do estado ao permitir que os grevistas sejam substituídos permanentemente, além de proibir o aumento automático de salários, o direito de atestado médico para professores e forçaria os trabalhadores a pagar pelo menos 20% do valor do plano de saúde.

O projeto, em sua atual versão, é um ataque muito mais amplo aos direitos dos trabalhadores do que era em seu início. Uma emenda proposta pelo senador Shannon Jones eliminaria o direito de greve para todos os funcionários públicos. Trabalhadores que violarem a proibição estatal de greve terão retidos até o dobro do valor de cada dia de paralisação. Se a proibição violada for de um tribunal, a multa pode ser de até U$1.000,00 e 30 dias de cadeia.

Na manifestação desta terça (01/03/2011) estavam presentes estudantes, enfermeiros, professores e várias outras categorias do estado. A presença da polícia foi intensa, e o número permitido de pessoas na assembléia foi reduzido.

Um estudante da Universidade do Estado de Ohio que agitava a multidão invocou as lutas da Líbia, do Egito e da Tunísia, dizendo que os trabalhadores de Ohio deveriam seguir seu exemplo e se insurgir por mudanças sociais.

Apesar de ser dirigida contra o partido republicano e seu governo em Ohio, pode-se perceber através dos cartazes e dos discursos que os trabalhadores lutam contra ataques na queda do padrão de vida e por direitos democráticos, que estão sendo esmagados tanto por Democratas quanto por Republicanos.

Um trabalhador afirmou: "Não se trata de republicano ou democrata, mas sim de um assalto contra a classe trabalhadora e nossas famílias. Se não nos levantarmos agora, quem sabe como será o mundo para meus filhos?"