Por que implicar só com a foto do Stalin nos cadernos?


Ainda sobre a questão dos cadernos de Stalin, que provocaram grande polêmica na Rússia, algumas ponderações precisam ser colocadas. É preciso deixar claro que a resistência à foto do líder bolchevique na coleção não é de cunho moral, como às vezes a burguesia tenta colocar. A discussão subjacente é de cunho político. Sempre foi.

E para mostrar exatamente isso reproduzo abaixo trechos de uma matéria de Larisa Khudikova, extraído do site Russia Beyond The Headlines, a qual desmascara a falta de critérios da direita esperneante e birrenta que ainda urra contra os tais cadernos.

Vejam que interessante observação colocada por Larisa, citando o blogueiro Black Lightning: 

"Em minha opinião, há muito para se pensar aí [sobre a polêmica causada pelos cadernos]. De fato, por que essas pessoas estão preocupadas com a foto de Stalin em particular? Se você nunca considerou esta questão é hora de pensar nisso. Você acha que Stalin foi um tirano e ditador? Ok, mas não foi Catarina, a Grande, uma tirana e ditadora? Não havia constantes levantes, execuções e guerras durante seu reinado? Fora o fato de que ela derrubou seu próprio marido, o imperador russo Pedro III, o qual morreu prematuramente logo depois. E ela está bem ali nas capas dos cadernos, junto com o Generalíssimo [Stalin], e ninguém liga pra isso. Ninguém está exigindo "que seja banido, para sempre!". Mas como assim?"

Larisa cita também Mikhail Vinogradov, chefe do Centro Assistência Legal e Psicológica em Situações Extremas, que afirmou que Nicolau II, por exemplo, era chamado de "o sangrento", mas agora foi inclusive canonizado. E também está na coleção.



Ora, então sejamos claros: qual é realmente o critério a partir do qual se julga que figura histórica pode ou não pode, deve ou não deve aparecer nas capas desses cadernos? Por que a direita moralista e mentirosa não diz uma palavra sobre esses outros personagens? Dois pesos, duas medidas. Os critérios universais burgueses não parecem tão universais assim.

E segundo Larisa, enquanto os reacionários estão tendo pesadelos com essas fotos de Stalin, as crianças, por sua vez, apenas pensam que Stalin é uma figura legal, ou até um meme da internet.



Polícia ataca famílias em luta por moradia


Acompanhe o blog da Ocupação Eliana Silva: http://ocupacaoelianasilva.blogspot.com

Na madrugada do dia 21 de abril, cerca de 350 famílias organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), reivindicando o direito garantido pela Constituição brasileira de acesso a moradia digna o povo organizado, realizou uma nova ocupação urbana em Belo Horizonte numa área que não cumpre a função social da terra.

A ocupação é uma consequência do descaso da Prefeitura e do Governo do Estado frente ao déficit habitacional no estado, que chega a índices alarmantes, denunciados pelos movimentos sociais e órgãos de imprensa.

Entretanto mesmo sendo um direito, as famílias ocupadas estão sobre forte cerco policial. Desde as 4 horas da manhã, homens do Batalhão de Choque estão no local ameaçando as famílias e helicópteros sobrevoaram a ocupação por toda a noite. Contamos com a solidariedade de todos, pois não vamos permitir que um novo Pinheirinho aconteça em Belo Horizonte. O endereço da ocupação é Av. Perimetral na altura da fábrica Premiaço, Barreiro de Baixo.

A ocupação leva o nome de Eliana Silva, belo-horizontina, uma das principais lutadora das causas sociais, em especial da luta por moradia digna para o povo pobre, que morreu em 2009.

Para entrar em contato ligue para o telefone: 9133-0983, 9331-4477 e 9716-5356 – Leonardo Péricles, coordenador nacional do MLB - Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB-MG)


Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB-MG)

Selo O Marxista-Leninista anti-revisionismo

Selo O Marxista-Leninista anti-revisionismo


Fonte da imagem: RSA Madrid

Vídeo: ônibus com imagem de Stalin devem circular em 40 cidades da Rússia

A reportagem acima (em inglês), do canal russo RT (Russia Today), fala sobre a possível circulação de ônibus com a imagem de Stalin em cerca de 40 cidades da Rússia na celebração do Dia da Vitória (9 de maio) em 2012. Mas como não poderia deixar de ser, a burguesia, que até hoje tem pesadelos com Stalin, seu grande terror, faz fumaça e tenta impedir.

A despeito da enxurrada de mentiras sobre Stalin bombardeadas pela burguesia através dos meios de comunicação dos quais é proprietária, isso não foi suficiente até hoje - e nem será - para reescrever a história como gostariam os capitalistas, atribuindo a Stalin crimes hediondos para com isso ser possível usar a velha falácia do tu quoque ("você também", em latim) quando atacados sobre Hitler, ícone e desenvolvimento consequente da política da extrema-direita.

Stalin, além de ter tornado a URSS uma potência mundial, liderou o país contra Hitler e os nazistas e salvou a humanidade da besta fascista, tendo sido o líder comunista que mais acumulou forças e mais próximo chegou de destruir o capitalismo a nível mundial. Daí todo o ódio destilado pela burguesia contra este grande líder.

URSS: a alternativa ao capitalismo em crise


O capitalismo novamente se afunda numa crise econômica tão ou mais profunda que aquela que se seguiu ao crash da bolsa de 1929. Assim como agora, o capitalismo tentou se recuperar às custas dos salários, dos empregos e das condições de vida das massas trabalhadoras. Mas isso não foi suficiente e, para voltar ao caminho da "prosperidade", precisou de uma Segunda Guerra Mundial, com dezenas de milhões de mortos. Sem dúvida, o que mais lhe doeu foi que se libertaram de suas garras tantos outros milhões para formar um vasto campo de países socialistas. De fato, a história desses é também a história das ingerências, agressões, infiltrações, guerras, bloqueios, corrupções, crimes, atos terroristas, etc, perpetrados contra eles pelo imperialismo. Enormes riquezas produzidas pelos trabalhadores de uma parte do mundo foram empregadas para sabotar as tentativas de outros trabalhadores de se libertarem e construírem uma vida nova na outra. Assim é que conseguiram derrotar o socialismo em sua coluna vertebral: a União Soviética. É isso que chamam de "fracasso do socialismo", para que os povos se resignem à miséria e à destruição a que nos leva o capitalismo.

Nos anos 30, por outro lado, o fracasso era unicamente do capitalismo, já que o progresso impetuoso da União Soviética era inegável, inclusive para os intelectuais bem pagos. Que este avanço era real e não mera propaganda vermelha prova a experiência da Segunda Guerra Mundial. Nela, a URSS obteve a vitória sobre a grande potência econômica da Alemanha, em que pese que esta havia investido na frente oriental a maior parte de seu esforço bélico. Pesquisadores mais recentes não podem deixar de reconhecer, mesmo assim, o grande auge econômico que conheceu a URSS durante os anos 30: os cálculos de Angus Maddison apontam um aumento do PIB real da URSS por habitante de 4,6% de 1921 a 1929, e de 4,9% de 1929 a 1939 (Statistics on World Population, http://www.ggdc.net/maddison/Historical_statistics/).

Tradução de O Marxista-Leninista
Fonte: Amistad Hispano-Soviética

Stalin, Trotsky e a Revolução Permanente

Dúvida: por que o grande orador Trotsky, o "agitador", "grande líder das massas", tomou uma surra tão grande de Stalin num processo democrático do partido?





Jair Bolsonaro e Hitler


Projetinho de Hitler tropical

Biografia de Josef Stalin, o fiel discípulo de Lênin


Jossif Vissarionóvich Dzugasvili Stálin nasceu em 21 de dezembro de 1879 em Gori, província de Tífilis, Geórgia, região da Transcaucásia. Seu pai, Vissarion Ivanovich, era filho de camponês pobre, tornou-se sapateiro autônomo e, depois, operário de uma fábrica de calçados. Sua mãe, Catarina Gueorguievna, era filha de servo (camponês pobre).

A Rússia era o país mais atrasado da Europa, tinha como base a agricultura caracterizada pelo latifúndio e regime de servidão. Mas nas últimas décadas, o capitalismo avançava, lutas operárias vinham acontecendo, formando-se um campo fértil às ideias revolucionárias. Círculos clandestinos para estudo e divulgação do marxismo foram formados por intelectuais. O desafio era como fundir a teoria marxista com o movimento operário, o que foi conseguido por Lênin (V. A Verdade, no 49), com a União de Luta pela Emancipação da classe operária de São Petersburgo. Em 1898 fundou-se o Partido Operário Social-Democrata da Rússia (POSDR).

No seminário de Tífilis, Stálin conheceu a literatura marxista, entrou em contato com grupos ilegais, organizou um círculo de estudos e ingressou no POSDR no ano de sua fundação, sendo expulso do seminário no ano seguinte, em razão de suas atividades.

A partir de então, dedicou-se inteiramente à atividade revolucionária, editando publicações clandestinas, redigindo textos e artigos e fazendo a propaganda do marxismo entre os operários.

O lutador e o dirigente

No levante operário de 1905, as divergências dentro do PSODR se clarificaram: de um lado, os mencheviques, defendendo meios pacíficos de luta e, de outro, os bolcheviques que propunham transformar a greve operária em insurreição armada. Stálin defendeu esta posição firmemente na Primeira Conferência Bolchevista de toda a Rússia, ocasião em que se encontrou com Lênin pela primeira vez e, juntos, redigiram as resoluções do Encontro. A insurreição aconteceu em dezembro de 1905 e foi derrotada.

Stálin redobrou o trabalho de base, concentrando suas atividades na região petrolífera de Baku: “Dois anos de atividade revolucionária entre os operários da indústria petrolífera temperaram-me como lutador e como dirigente. Conheci pela primeira vez o que significava dirigir grandes massas operárias”.

Em 1912, na Conferência de Praga (Checoslováquia), dada a impossibilidade de realizá-la na Rússia, os bolcheviques decidem organizar-se em partido independente, afastando completamente os mencheviques e adotando o nome POSDR (b), isto é, bolcheviques. Stálin estava na prisão, de onde fugiu pouco depois, participando com Lênin da criação do jornal PRAVDA (A Verdade). Indicado para dirigir o grupo bolchevique na Duma (parlamento russo), foi detido mais uma vez e enviado para longínqua cidade da Sibéria, de onde só sairia com a revolução (burguesa) de fevereiro de 1917.

A jornada de luta dos operários, que acontecia desde o início do ano de 1917, se amplia e obtém a adesão de um grande número de soldados sublevados em razão das precárias condições em que enfrentavam os alemães (1ª guerra mundial). A insurreição culmina com a derrubada do czarismo e constituição de um governo burguês, provisório. Livre, Stálin se desloca para Petrogrado e no dia 16 de abril está à frente de uma delegação operária, recebendo Lênin, que retornava do exílio, na estação Finlândia. Uma semana depois, realizou-se a sétima Conferência e ele foi eleito para o birô político do Partido Bolchevique.

Organizam-se os sovietes (conselhos) de operários, camponeses e soldados, que em pouco tempo instauram uma situação de dualidade de poder. Lênin propõe a passagem da revolução demo- crático-burguesa para a revolução socialista e em julho/agosto realiza-se o II Congresso do Partido. Alguns delegados defenderam que não era o momento para esse salto, por falta de apoio dos camponeses ou mesmo porque só era possível construir o socialismo com a vitória da revolução nos países europeus. Stálin pronunciou: “ …É necessário desprezar essa ideia caduca de que só a Europa pode nos indicar o caminho. Há um marxismo dogmático e um marxismo criador. Eu me situo no terreno do segundo”. Esta era também a visão de Lênin e da esmagadora maioria dos bolcheviques, o que tornou possível a revolução socialista de outubro.

Stálin esteve à frente de todos os preparativos para a insurreição e integrou o grupo que conduziu o Comitê Militar Revolucionário. O levante começou no dia 6 de novembro, à noite. No dia 7, rapidamente, as tropas revolucionárias tomaram os principais pontos de Petrogrado e o Palácio de Inverno, onde se tinha refugiado o governo provisório. Quando o II Congresso dos Sovietes se instalou naquele mesmo dia, proclamou: “… apoiando-se na vontade da imensa maioria dos operários, soldados e camponeses e na insurreição triunfante levada a cabo pelos operários e a guarnição de Petrogrado, o Congresso toma em suas mãos o poder”.

No período de 1917 a 1924, Stálin atua ao lado de Lênin na condução do Partido e dos negócios do Estado. Durante a guerra contra-revolucionária desencadeada pela burguesia e pelos latifundiários russos, e pelos exércitos de uma dezena de potências estrangeiras, destacou-se como estrategista militar, principalmente nas frentes onde havia insegurança ou indisciplina. Sempre envolvendo a massa popular da região, Stálin conseguia debelar o foco do problema e devolver a confiança e o ânimo às tropas vermelhas que voltavam a obter êxitos.

Transformando o sonho em realidade

 Em (1922), no XI Congresso, Stálin, que sempre esteve ao lado de Lênin, foi eleito para o cargo de secretário-geral e assumiu a tarefa de organizar a união livre e voluntária dos povos, vindo a constituir a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Com o agravamento da saúde de Lênin, Stálin assumiu a direção do XII Congresso, propugnando o combate à tendência de retorno ao capitalismo, por má interpretação da Nova Política Econômica ( NEP) em alguns setores da economia e propôs um programa que acabasse com a desigualdade econômica e cultural entre os povos da URSS.

Lênin faleceu no dia 21 de janeiro de 1924. No XIV Congresso (1925), definiu-se como caminho para fortalecer o socialismo na URSS: “Transformar nosso país, de um país agrário num país industrial, capaz de produzir com seus próprios meios, as máquinas e ferramentas necessárias”. Não havia unanimidade quanto a essa estratégia, à qual se opunham os dirigentes Kamenev e Zinoviev, que propunham maior fortalecimento da agricultura e um ritmo de crescimento industrial mais lento. Trostki também se opunha, argumentando que Stálin estava desviando energias para o desenvolvimento econômico interno, em vez de canalizá-la para a revolução proletária mundial. Na concepção de Stálin, a melhor forma de contribuir com a revolução mundial, de fortalecer o inter- nacionalismo proletário, seria fortalecendo o socialismo na URSS.

Para implementar a industrialização, a URSS só podia contar com as próprias forças. Havia de contar com o entusiasmo da classe trabalhadora e eliminar ideológica e organicamente os setores que se opunham à aplicação das resoluções do Congresso. “Não se podia alcançar a industrialização sem a destruição ideológica e orgânica do bloco trotskista-zinovievista” (Stálin, Instituto Mel).

A luta contra os kulaks e os restauradores do capitalismo

O XV Congresso, realizado em 1927, constatou os êxitos da industrialização. Stálin ressaltou que era necessário avançar, superando o único obstáculo existente ainda, o atraso na agricultura e indicou a solução: “passagem das explorações camponesas dispersas para grandes explorações unificadas sobre a base do cultivo comum da terra com técnica nova e mais elevada”. Destacou que essa agrupação deveria se dar pelo exemplo e pelo convencimento, não pela coerção dos pequenos e médios agricultores.

A Revolução de 1917 havia eliminado o latifúndio, transformando-o em sovkozes (fazendas estatais) e incentivava os pequenos camponeses a se organizarem em cooperativas, os kolkhozes. Agora, tratava-se de intensificar essa campanha e de neutralizar os camponeses ricos (kulaks), setor que se fortalecera durante a Nova Política Econômica (NEP).

Dentro do Partido, um grupo liderado por Bukharin, Rikov e Tomski se opôs à repressão aos kulaks, defendendo um processo gradual e pacífico de coletivização da terra. Stálin avaliava que o grupo pretendia na verdade restaurar o capitalismo e agia como agentes dos camponeses ricos e promoveu “o esmagamento dos capitulacionistas”. Em 1927, em comemoração ao XII aniversário da Revolução, escreveu: “O ano transcorrido foi o ano da grande virada em todas as frentes de edificação socialista”. Com a liquidação dos kulaks, procedeu-se à coletivização total do campo. Stálin criticou excessos praticados em alguns lugares onde se impuseram medidas para as quais os camponeses não estavam preparados e ensinou aos militantes: “…não se pode ficar à retaguarda do movimento, já que retardar-se significa afastar-se das massas, mas tampouco deve-se adiantar, já que isto significa perder os laços com as massas” (J. Stálin, Problemas do Leninismo).

Com base nos resultados alcançados, o informe dado por Stálin no XVI Congresso (1930) afirmou: “nosso país entrou no período do socialismo”. O congresso aprovou o primeiro plano qüinqüenal, cuja meta era a reconstrução de todos os ramos da economia com base na técnica moderna. Eis o balanço apresentado por Stálin no XVII Congresso (1934): “…Triunfou a política de industrialização, da coletivização total da agricultura, da liquidação dos Kulaks, triunfou a possibilidade de construção do socialismo num só país”. É lançado o segundo plano qüinqüenal, que prevê realizações em todos os ramos da economia e nos campos da cultura, das ciências, da educação pública e da luta ideológica.

Em quatro anos e três meses, o plano estava cumprido. Afigurava-se agora a necessidade de uma revolução cultural no sentido de capacitar quadros oriundos do proletariado para que dominassem a técnica e assumissem funções de direção no governo soviético. A partir do apelo de Stálin, surge o movimento stakanovista “ iniciado na bacia do Donets, na indústria do carvão, se espalhou por todo o país. Dezenas e centenas de milhares de heróis do trabalho deram exemplo de como se devia assimilar a técnica e conseguir aumentar a produtividade socialista do trabalho na indústria, na agricultura e no transporte”. (Stálin, Instituto Mel).

Em 1936, o XVIII Congresso dos sovietes aprovou a nova constituição da URSS, a constituição do socialismo, garantindo não apenas liberdades formais como as constituições burguesas, mas “amplíssimos direitos e liberdades aos trabalhadores, material e economicamente, assegurados por todo o sistema da economia socialista que não conhece as crises, a anarquia nem o desemprego”.

O XVIII Congresso ocorreu em 1939. Enquanto os soviéticos comemoravam êxitos, os países capitalistas viviam profunda crise e Hitler já ocupava as nações vizinhas da Alemanha. Em relação à política externa, o congresso aprovou a orientação de Stálin no sentido de se continuar aplicando a política de paz e de fortalecimento das relações com todos os países, não permitindo que a URSS seja arrastada a conflitos por provocadores.

Em nível interno, a tarefa lançada foi a de ultrapassar nos 10 ou 15 anos seguintes os países capitalistas no terreno econômico. No seu informe ao XVIII Congresso, Stálin concluía: “É possível construir o comunismo em nosso país, mesmo no caso de se manter o cerco capitalista”.

Comandando a guerra contra Hitler e o nazifascismo

O ano de 1940 registrou um aumento sem precedentes da produção na URSS e em 1941, quando o povo soviético se preparava para comemorar novas vitórias, Hitler rompeu o pacto de não-agressão assinado anteriormente com a URSS e invadiu o território socialista. Para centralizar a defesa e coordenar a luta de libertação nacional, o Conselho de Comissários do Povo criou o Comitê de Defesa do Estado, nomeando Stálin seu presidente. O povo respondeu com toda disposição e os invasores, que acreditavam dominar a URSS em dois meses, fracassaram. Em 1944, se retiravam humilhados.

“Para Berlim!”, bradou Stálin, e o Exército Comunista foi libertando do jugo capitalista os países da Europa Oriental, até erguer a Bandeira Vermelha na capital alemã no dia 9 de maio de 1945.

A URSS foi o país que mais sofreu com a agressão nazista, tanto em perdas econômicas quanto em humanas, mas, poucos anos depois, já se recuperava e alcançava os níveis anteriores de produção na indústria e na agricultura, apesar da guerra fria (corrida armamentista, boicote econômico) lançada pelas potências capitalistas, especialmente os EUA, rompendo o acordo assinado na conferência de Ialta que resultara na criação da ONU.

No dia 5 de março de 1953, morreu Stálin, deixando uma lacuna jamais preenchida na URSS e enlutando também o movimento comunista em todo o mundo. Em toda a União Soviética, os operários fizeram cinco minutos de silêncio e em Moscou, 4 milhões e meio de pessoas acompanharam o enterro do seu herói e líder. Também em vários países os operários pararam para se despedir de Stálin.

Sobre uma infinidade de acusações lançadas sobre Stálin pela burguesia mundial e pelos dirigentes russos após o XX Congresso do PCUS, fala o genial arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer: “Foi tudo invenção capitalista”.

Luiz Alves
(Publicado no Jornal A Verdade, nº 51 )

Por que a Segunda Internacional toma Trótsky sob sua proteção


Por N. Krupskaya *

Os trotskistas e zinovievistas não se preocupam com o futuro das massas. Tudo com o que eles se preocupavam era como eles poderiam agarrar o poder, mesmo se isso fosse com a ajuda da Polícia Secreta do Estado Alemão e dos mais selvagens inimigos da ditadura do proletariado, ansiosos para restaurar o estado burguês da sociedade e a exploração capitalista das massas de trabalhadores no país dos Sovietes.

Não foi por acidente que Trótsky, que nunca captou o caráter essencial da ditadura do proletariado, que nunca compreendeu o papel desempenhado pelas massas na construção do socialismo, Trótsky, que acreditava que o socialismo poderia ser construído a partir de ordens superiores, optasse pela via de organizar atos terroristas contra Stálin, Voroshilov, e outros membros do Bureau Político que estão ajudando as massas a edificar o socialismo.

Não foi por acaso que o inescrupuloso bloco em torno de Kamenev e Zinoviev andou junto com Trótsky, passo a passo, em direção ao abismo da insondável traição à causa de Lênin, a causa das massas trabalhadoras, a causa do Socialismo.

Trótsky, Zinoviev, Kamenev, e todo o seu bando de assassinos, trabalharam lado a lado com o fascismo alemão e formaram uma aliança com a Polícia Secreta do Estado Alemão. Daí a unanimidade de todo o país em sua exigência: "Esses cães malucos devem ser fuzilados!" Eles desejavam semear a confusão nas massas. Eles queriam assassinar o Camarada Stálin, o coração e o cérebro da Revolução. Eles falharam. O miserável bando de canalhas foi executado. As massas estão se reunindo mais próximas do que nunca em torno do C.C.; Sua lealdade a Stálin é mais forte do que antes.

Nem é acidental que a Segunda Internacional se comporta como se tivesse enlouquecido, apressando-se para proteger o bando assassino de Trótsky e Zinoviev, e esforçando-se para desmanchar o Front Popular. De Brouckere, Citrine, e seus companheiros, pedem perdão por todas as malfeitorias cometidas pelos inimigos da classe operária da União Soviética, contra seu Partido e seus líderes. No uivo anti- soviético levantado pelo mundo burguês, a voz da Segunda Internacional é a mais alta. A Terceira Internacional nasceu da luta contra a Segunda Internacional. Com o auxílio de renegados, Kautsky e seus comparsas, a Segunda Internacional continuou numa selvagem direção caluniosa contra a ditadura do proletariado, contra o poder soviético. A Segunda Internacional se empenha em atenuar e derrotar a ordem capitalista e em atirar areia nos olhos das massas operárias. Portanto, ela agora apóia o agente da Polícia Secreta do Estado Alemão, Trótsky. Mas a tentativa foi um fracasso. Nossa terra soviética se tornou uma terra poderosa, e ergue cada vez mais mais alto a bandeira do Comunismo. Com firmes passos ela avança constatemente no caminho indicado por Marx, Engels e Lênin. Nem os trotskistas, nem os partidários de Zinoviev, nem a Segunda Internacional, obterão êxito em esconder o fato e em jogar areia nos olhos das massas. A situação tensa do cenário internacional e a ameaça do perigo da guerra aumentarão a cautela dos trabalhadores e aumentarão e reforçarão o Front Popular das massas trabalhadoras do mundo inteiro.

Notas 

*Revolucionária russa, esposa de Lênin

Publicado em International Press Correspondence', 12 de setembro de 1936, Volume 16, No 42, p.1162

Caderno com foto de Stalin na capa irrita reacionários na Rússia



Está dando o que falar um caderno escolar para crianças lançado na Rússia com a foto de Stalin na capa. A direita tem tentado pressionar para que o caderno seja tirado de circulação, mas a editora se negou a fazê-lo.

Mikhail Fedotov, presidente da Comissão da Sociedade Civil e dos Direitos Humanos, afirmou que as escolas não são lugares para “propaganda política”, tendo sido até o momento o reacionário mais claro e mais direto ao ponto ao mostrar qual o real problema com a foto de Stalin nas capas dos cadernos. Os outros direitistas, ao contrário, vem se escondendo por trás dos velhos e caducos discursos sobre as pseudo-milhões-de-mortes pelas quais Stalin seria responsável.

Arseniy Roginskiy, presidente da Sociedade Memorial da Rússia, entidade fundada em 1991, afirmou que os cadernos são “propaganda stalinista” no subconsciente das crianças, quer a editora tenha tido essa intenção ou não.

E a repercussão não ficou apenas na Rússia. Diversos jornais burgueses do exterior, como o inglês The Guardian, ecoaram o fato reproduzindo mitos anticomunistas sobre o período de Stalin.

Esses cadernos são parte de uma série que retrata os 20 maiores russos de todos os tempos. E considerando que em recente pesquisa Stalin foi votado o terceiro russo mais influente de toda a história do país, sua presença na coleção é mais que justificada. A editora afirmou que o caderno tem sido um grande sucesso, e que não vê motivos para interromper sua produção.

Glauber Ataide
Fonte: Jornal A Verdade