O capitalismo novamente se afunda numa crise econômica tão ou mais profunda que aquela que se seguiu ao crash da bolsa de 1929. Assim como agora, o capitalismo tentou se recuperar às custas dos salários, dos empregos e das condições de vida das massas trabalhadoras. Mas isso não foi suficiente e, para voltar ao caminho da "prosperidade", precisou de uma Segunda Guerra Mundial, com dezenas de milhões de mortos. Sem dúvida, o que mais lhe doeu foi que se libertaram de suas garras tantos outros milhões para formar um vasto campo de países socialistas. De fato, a história desses é também a história das ingerências, agressões, infiltrações, guerras, bloqueios, corrupções, crimes, atos terroristas, etc, perpetrados contra eles pelo imperialismo. Enormes riquezas produzidas pelos trabalhadores de uma parte do mundo foram empregadas para sabotar as tentativas de outros trabalhadores de se libertarem e construírem uma vida nova na outra. Assim é que conseguiram derrotar o socialismo em sua coluna vertebral: a União Soviética. É isso que chamam de "fracasso do socialismo", para que os povos se resignem à miséria e à destruição a que nos leva o capitalismo.
Nos anos 30, por outro lado, o fracasso era unicamente do capitalismo, já que o progresso impetuoso da União Soviética era inegável, inclusive para os intelectuais bem pagos. Que este avanço era real e não mera propaganda vermelha prova a experiência da Segunda Guerra Mundial. Nela, a URSS obteve a vitória sobre a grande potência econômica da Alemanha, em que pese que esta havia investido na frente oriental a maior parte de seu esforço bélico. Pesquisadores mais recentes não podem deixar de reconhecer, mesmo assim, o grande auge econômico que conheceu a URSS durante os anos 30: os cálculos de Angus Maddison apontam um aumento do PIB real da URSS por habitante de 4,6% de 1921 a 1929, e de 4,9% de 1929 a 1939 (Statistics on World Population, http://www.ggdc.net/maddison/Historical_statistics/).
Tradução de O Marxista-Leninista
Fonte: Amistad Hispano-Soviética
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