Bingo Reacionário Anti-Stálin 2 – Nova Cartela

Devido ao grande sucesso do Bingo Reacionário Anti-Stálin, O Marxista-Leninista lança a segunda cartela, com muito mais opções!

Nunca mais se irrite com as bobagens dos reaças, divirta-se e preserve seus nervos para a revolução!


Bingo Reacionário Anti-Stálin

Agora ouvir palestras, cursos, aulas ou simples conversas com reacionários ficou muito melhor. Com o Bingo Reacionário Anti-Stálin você se diverte enquanto os reaças falam bobagens.


E não deixe de conferir a nova cartela, com muito mais opções!

Fonte: The Espresso Stalinist

Revolução Russa para crianças - Paz, Pão e Terra

O vídeo abaixo é a canção-tema de um episódio de uma série de desenhos animados chamado "Histeria!", da Warner Bross, que foi originalmente exibida de 1998 a 2000. A série era educativa e cada episódio ensinava sobre um personagem ou evento histórico. A música abaixo, chamada Peace, Land and Bread (Paz, Terra e Pão) é do episódio sobre a Revolução Russa de 1917.

É interessante notar como o anti-stalinismo é o verdadeiro cavalo de batalha quando se fala em revolução ou socialismo. No desenho, Lênin tem como braço direito Trotsky, que na vida real sempre foi do partido menchevique, polemizou com Lênin em questões centrais da revolução e só se aliou aos bolcheviques meses antes da revolução. Stálin, ao contrário, sempre foi do partido bolchevique, ao lado de Lênin, e como consequência do reconhecimento geral de sua grande competência e abnegação pela causa revolucionária foi indicado para diversos cargos e funções no partido. Mas no desenho Stálin é deixado de lado, e no final é até mesmo comparado ao Tsar.

Essas e algumas outras considerações à parte, o desenho apresenta algumas das justas reivindicações imediatas que levaram á eclosão da revolução, além de Pão, Paz e Terra.


O que é um conservador?

Há três tipos de conservador: um que tem chilique com a palavra “revolução”, outro que tem Palinchilique com a palavra “sexo”, e um terceiro, que arrepia com ambas as palavras.

O primeiro tipo, o que treme ao ouvir a palavra “revolução”, pode ter um tipo de chilique desesperador. Todavia, não é difícil para ele, com o tempo, desenvolver um modo de lidar com isso. Antes que a apresentem a ele, não tarda em ridicularizá-la.

Esse tipo tem lá sua razão. As revoluções políticas nem sempre terminam com menos carnificina que aquela promovida pelo regime derrubado. No entanto, esse tipo de conservador é aquele que cobra realismo de todos, ele quer menos ingenuidade e menos infantilidade. Ora, revoluções são reais, acontecem, e elas são responsáveis por nossa história ser o que é, ou seja, algo aberto para o imprevisível. Quem cobra realismo de outros deveria ter a macheza mínima de suportar irrupções históricas, porque afinal, elas emergem. Quem cobra realismo deveria também, depois, não tentar diminuir as revoluções, principalmente quando a historiografia já nos deu prova de que se trata de alguma coisa importante, que efetivamente mudou o mundo.

O segundo tipo, o que tem convulsões ao ouvir a palavra “sexo”, também às vezes nos assusta com seus gritos. Claro que também este, com o passar do tempo, obtém um modo de escutar e até pronunciar uma tal palavra – “se… se … xo”. Sua estratégia é bem comentada e sabida: medicaliza a palavra. Os médicos falavam de pênis, e isso já era um termo sob uma boa assepsia, agora nem é isso mais que usam. Falam em “membro sexual masculino”. O sexo se transformou uma propriedade do médico que, com seu uniforme branco e sua seriedade profissional, é aquele que pode dissertar sobre tal assunto com a distância que, antes dele, esteve nas mãos do padre.

Não é nada inútil colocar o sexo sob os cuidados médicos. A ciência ajuda a fazer do sexo alguma coisa possível de ser conversada sem misticismo cultivado pela ignorância, e isso é bom. Todavia, o tipo conservador que, enfim, exatamente pelo seu realismo, quer se mostrar corajoso e enfrentar tudo que é natural, não deveria precisar de tantas luvas para falar de sexo.  Afinal, dizem até que os conservadores gostam de Nelson Rodrigues, então eles deveriam ser um pouco mais despudorados. Mas não são. No frigir dos ovos eles estão sempre sentados na sala de jantar, rodeados de crianças que são só inocentes aos seus olhos.

Os motivos pelos quais os conservadores criam problemas diante de “revolução” e “sexo” não são difíceis de notar.

Revolução implica em mudança de controle e, às vezes, de alteração nas próprias formas de controle. O conservador tem um medo danado não só do que os revolucionários podem fazer com ele, mas do que ele pode fazer consigo mesmo em uma sociedade em que, mesmo só por um breve momento, houver liberdade. O conservador é mais ou menos parecido com aquela garota que não sabe se é ou não lésbica, e que então nunca bebe, pois acredita que se beber irá para a cama com todas as colegas naquela noite.

Sexo implica em prazer. Ora, o conservador teme o prazer. Caso ele seja rico, ele teme que seus operários comecem a gastar energia antes no sexo que no trabalho. Caso o conservador seja pobre, ele teme que o sexo o jogue para fora de sua própria família. Pois quem quer sexo quer também o ambiente de desregramento do bar. Isso porá sua família em risco. Mas ele também teme que, em um mundo onde todos queiram ter prazer, não será a filha do patrão que pagará o preço por isso, mas suas filhas. Em geral, não é que ele queira proteger suas filhas. Mas ele tem ciúmes delas, segundo uma tendência incestuosa que ele disfarça.

Esse quadro que pinta o rosto do conservador pode não valer para alguns, justamente porque esses alguns ainda não pensaram com coragem sobre tudo isso. Quando refletirem melhor, se tiverem realmente coragem, confessarão que não estou falando bobagem, e que meu quadro abocanha bem muitos conservadores conhecidos. Talvez até mais do que possamos avaliar em um primeiro momento.

Paulo Ghiraldelli, filósofo

A vida privada de Stálin

Um pai carinhoso, dedicado à família e que adorava reunir os familiares e amigos para almoçar em sua casa de campo: estes são alguns dos aspectos da vida de Stálin revelados no livro A Vida Privada de Stálin, publicado este ano no Brasil pela editora Jorge Zahar.

A autora é Lilly Marcou, historiadora francesa de origem romena que estudou a vida do líder soviético por mais de 30 anos. Embora se defina, ao mesmo tempo, como “não comunista”, mas “fascinada” pelo personagem Stálin, Marcou não consegue esconder em seu livro sua admiração pela vida do grande líder bolchevique, o que também não passou despercebido pelos veículos de comunicação mais reacionários, que a acusaram de ser demasiado “condescendente” com Stálin.

Origens

Lilly Marcou nos conta a história de Stálin desde os seus primórdios em Gori, na Geórgia. Nascido numa casinha de dois cômodos, com piso de tijolos, laje de argila e buracos no teto, a casa de Sosso – apelido de infância de Stálin – sempre inundava quando chovia. Seu pai, alcoólatra e ausente, costumava espancar a mãe e até o próprio Sosso quando ainda recém-nascido. Certa vez, quando já crescido, Sosso chegou a atirar uma faca contra o pai ao vê-lo batendo na mãe. Por pouco não o acertou, e por isso teve que se esconder por vários dias na casa de vizinhos.

Na escola

Sosso era brilhante na escola, principalmente em aritmética e matemática. Sua excepcional memória espantava os professores. Com apenas 13 anos de idade, leu A Origem das Espécies, de Charles Darwin, e era primeiro tenor nos corais da igreja e da escola.

Sua mãe, para pagar seus estudos, faxinava, lavava roupas e costurava para as mulheres ricas. O pai de Stálin, contrário aos seus estudos, tirou-o da escola aos 10 anos e o levou para trabalhar como operário em uma fábrica na cidade vizinha. Mas Keke – como era chamada sua mãe – foi atrás do filho e conseguiu trazê-lo de volta em uma semana.

Stálin sempre encontrou nos livros um refúgio para sua vida penosa. Identificava-se com vários heróis, mas um especialmente o marcou mais que todos: Koba, um fora da lei e vingador do povo escravizado, personagem do livro Parricídio, de Aleksandr Kesbegui. O nome desse personagem seria adotado posteriormente por Sosso em sua vida de militante clandestino.

Keke queria que o filho se tornasse padre e, devido às suas boas notas, Sosso conseguiu entrar para o seminário. Mas o ambiente de opressão só aumentou sua revolta. Registros da época revelam que Stálin era considerado um agitador pela direção da escola. Não gostava dos livros religiosos e lia, escondido, Galileu, Copérnico, Darwin e Victor Hugo, o que lhe valeu a solitária várias vezes. Mais tarde, ainda no seminário, descobriria Marx, Plekhanov e Lênin.

A luta

Inicia então sua militância em grupos políticos, já como revolucionário profissional e tendo um emprego apenas de fachada. Deixara o seminário e morava agora em um único cômodo no Observatório de Física, onde trabalhava e recebia operários para reuniões. Formou vários grupos de estudo, quando então se revelou excelente propagandista, possuindo o dom da exposição concisa e límpida.

Era incansável na organização de greves, manifestações de rua, reuniões secretas e comícios. Com a situação financeira precária, não tinha mais ninguém na vida a não ser a mãe, mas não lhe pedia dinheiro algum. Registros policiais da época o descrevem como um intelectual e um dos principais dirigentes na região.

Devido à grande repressão, entre os anos de 1902 e 1913, Stálin foi preso oito vezes, exilado em sete ocasiões, fugindo em seis delas. Mas a prisão para ele nunca foi tempo perdido: aproveitava para estudar. Além dos livros teóricos e científicos, estudou alemão, francês e inglês, além de já falar o russo e o georgiano. Tinha uma disciplina de ferro e lia vorazmente. Durante suas prisões, por causa da situação de miséria, passava frio e fome. Tossia muito e quase contraiu tuberculose. Mais tarde, exilado na Sibéria, chegou a enfrentar temperaturas baixíssimas de até 45º negativos.

Stálin se casa pela primeira vez em 1906, ainda um jovem revolucionário, em meio ao fogo da luta de classes. Sua primeira esposa não era nem intelectual nem revolucionária: encaixava-se na tradição de esposas dedicadas ao marido e ao lar. Era submissa, mas não escrava; fiel, mas não servil. Ela esperava, no fundo, que um dia Stálin desistisse da vida de revolucionário e levasse uma vida normal de chefe de família. Em 1907, nasce seu primeiro filho, Iakov. Mas, apenas 14 meses depois, morre sua esposa, aos 24 anos.

Sua morte foi uma grande provação para Stálin, que a amava profundamente. Estava preso quando ela morreu e obteve permissão para comparecer ao funeral, no qual se mostrou arrasado, com cabelos desalinhados, feições devastadas e petrificado de dor.

Humildade

No trato com os filhos, a correspondência de Stálin mostra que ele parecia mais afeiçoado aos filhos do que sua segunda esposa. Era quem sempre intervinha para secar as lágrimas e consolar, sobretudo sua filha favorita, Svetlana. “Meu pai me tomava sempre nos braços, não parava de dizer que me adorava, me beijava, multiplicava os apelidos afetuosos: ‘meu pardalzinho’, ‘minha mosquinha’… Não aguentava ver uma criança chorar e gritar. Mamãe censurava-o, dizendo que ele me estragava”.

Vários episódios da vida de Stálin revelam sua grande simplicidade. Nos anos 1930, por exemplo, passeava sozinho pelas ruas de Moscou, sem seguranças, e levava uma vida tão austera que tinha um único terno para cada estação. O restante do seu guarda-roupa era exatamente isto: uma japona de frente de batalha e um uniforme de marechal. Molotov conta que, por ocasião da sua morte, ele não tinha com o que ser enterrado, pois suas roupas estavam extremamente gastas. Tiveram que ser mandadas para uma costureira antes do enterro.

Outro evento, também ilustrativo de sua simplicidade, ocorreu em 17 de julho de 1949. Era um dia chuvoso e, ao passar de carro em frente a um ponto de ônibus, Stálin viu as pessoas se molhando e se compadeceu. Pediu ao seu motorista para descer e oferecer carona para levar todas às suas casas. O motorista foi chamá-las, mas voltou sem ninguém, ao que Stálin replicou: “Isso é porque você não sabe falar com o povo”. Stálin desceu e chamou todas para seu carro. As pessoas não acreditavam no que estava acontecendo: o próprio Stálin estava ali, oferecendo-lhes carona! Mas como o número de pessoas não cabia no carro de uma só vez, foi necessário fazer duas viagens para levar todo mundo. Dentro do carro, Stálin conversou bastante com o povo, e uma adolescente contou-lhe então seu drama: seu pai morrera numa frente de guerra. Passado um tempo, ela recebeu da parte de Stálin um uniforme escolar e uma pasta.

Em maio de 1944, durante um período de trégua na guerra, Stálin percebeu que havia muito dinheiro num cofre cujas chaves eram guardadas por seu secretário. Perplexo, perguntou-lhe de onde vinha aquela soma. Ele lhe explicou que aquele grande volume eram os seus salários de deputado acumulados, já que a única despesa de Stálin era pagar a cota ao Partido. Stálin não sabia o que fazer com aquele dinheiro. Assim, resolveu distribuí-lo entre os seus velhos amigos de Gori, sua cidade natal. Todas as ordens de pagamento eram acompanhadas de um bilhete, dizendo: “…aceite um presentinho de minha parte. Seu Sosso”. Entre os seus amigos presenteados estavam Petia, que recebeu 40.000 rublos; Gricha, que recebeu 30.000 rublos e Dzeradze, que recebeu 30.000 rublos.

Um bom livro, mas…

O livro de Lilly Marcou, enquanto cumpre apenas o que a autora propõe inicialmente – focar na vida privada de Stálin e só aludir aos fatos políticos quando essencial – é envolvente, mas é problemático em suas incursões políticas. Vários adjetivos de forte carga ideológica utilizados para caracterizar Stálin se mostram desnecessários na obra, assim como a reprodução de várias mentiras e lugares-comuns sobre o líder soviético fabricados na Guerra Fria e já provados falsos, como seu suposto antissemitismo, sua “paranoia” ou sua “mania de perseguição”. Mas o livro tem também o seu mérito: aos nos revelar uma face mais humana de Stálin acaba despertando grande admiração e simpatia pelo querido líder soviético, o que também inspira a todos que, assim como o jovem e o velho Stálin, lutam por um mundo mais justo e dedicam sua vida a isso, exatamente como fez Stálin desde sua adolescência até sua morte.

Glauber Ataide

União Soviética a cores, na era de Stálin

As fotos abaixo são da revista Soviet Union Magazine, e mostram a vida na União Soviética ainda no período de Stálin, em 1952. A revista era publicada em russo, francês, inglês, alemão e espanhol, e servia para divulgar para os trabalhadores do exterior como era a vida na URSS.

O canal Volga-Don

Fartura na sociedade socialista

Professoras pensam o futuro do socialismo



Cuidado, vovô, ou vou te denunciar para a NKVD!

Um homem parecido com Yuri Gagárin

Mulheres do Exército Vermelho discutem o materialismo dialético

Olhando para um futuro radiante



Trabalhadores conseguem uma nova casa, e já pensam onde pendurar o quadro de Stálin

Camponesas com Kruschev

Vida familiar

Desenvolvendo limões em um laboratório


Trabalho no campo


Camponesa em fazenda coletivizada

Diversas construções na era de Stálin, ainda se recuperando da II Guerra Mundial


Salada soviética


Supermercado soviético: fartura de alimentos e trabalhadores não eram explorados



Camarada Stálin, é possível discutir com fascistas?

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Einheitsfrontlied - Canção da frente unida dos trabalhadores



Letra de Bertolt Brecht e música de Hanns Eisler, de 1936. Uma das músicas mais conhecidas dos trabalhadores. O vídeo acima é uma regravação mais recente, com vocal forte e marcante, bem adequado ao idioma alemão.

Tradução de parte do refrão:

"Junte-se à frente unida dos trabalhadores
Pois você também é um trabalhador"

Einheitsfrontlied
(Bertolt Brecht \ Hanns Eisler)

Und weil der Mensch ein Mensch ist,
Drum braucht er was zum Essen, bitte sehr!
Es macht ihn ein Geschwätz nicht satt,
Das schafft kein Essen her.

|: Drum links, zwei, drei! :|
Wo dein Platz, Genosse ist!
Reih dich ein, in die Arbeitereinheitsfront,
Weil du auch ein Arbeiter bist.

Und weil der Mensch ein Mensch ist,
Drum braucht er auch Kleider und Schuh!
Es macht ihn ein Geschwätz nicht warm
Und auch kein Trommeln dazu!
Drum links, . . . .

Und weil der Mensch ein Mensch ist,
Drum hat er Stiefel im Gesicht nicht gern!
Er will unter sich keinen Sklaven sehn
Und über sich keinen Herrn
Drum links . . . .

Und weil der Prolet ein Prolet ist,
Drum wird ihn kein anderer befrein.
Es kann die Befreiung der Arbeiter
Nur das Werk der Arbeiter sein.
Drum links, . . . .

A revolução sexual, de Wilhelm Reich – Marxismo e Psicanálise

Reproduzo abaixo alguns dos trechos do livro A revolução sexual, de Wilhelm Reich, que me pareceram mais significativos em alguns dos temas que vou destacar a seguir. 

Mas antes vale ressaltar que um dos aspectos mais interessantes de Reich, que era marxista e freudiano no período em que a primeira edição deste livro foi lançada, é o diálogo que ele media entre essas duas correntes, fazendo com que uma complemente e integre a outra quando fora de seus domínios. 

Este fecundo diálogo impede tanto que questões políticas descambem no mero psicologismo, por um lado, quanto que questões de sexualidade caiam num reducionismo materialista-vulgar mecanicista (não-marxista), pelo outro. 

Assim, ao abordar a questão da liberdade sexual, por exemplo, veremos que ele se mostra plenamente consciente de que não adianta falar sobre este tipo de liberdade dissociada da libertação econômica geral da sociedade sob o jugo capitalista. Isso é, a liberdade sexual está ligada à libertação econômica. 

E na esteira de Engels, Reich ataca a família e a monogamia, mas mostrando de maneira então inédita – ou seja, através da prática da psicanálise – que a monogamia vitalícia é algo não só irrealizável, mas que pode também se mostrar altamente perniciosa para a saúde psíquica. 

Economia sexual 

“Acusam a economia sexual de querer destruir a família. Falam do "caos sexual" que a vida com amor livre acarretaria, e as massas dão ouvidos às palavras dessas pessoas e confiam nelas porque usam casaca e óculos de aro dourado, podendo assim falar como líderes. A pessoa deve saber sobre o que está falando. A escravização econômica das mulheres e crianças deve ser eliminada. A escravização autoritária da mesma forma. Somente quando isso se tornar realidade, o marido amará a mulher, os filhos os pais e os pais os filhos. Não terão mais motivo para se odiarem mutuamente. 

“O que queremos destruir, portanto, é o ódio gerado pela família e pela violentação "apaixonada". Se o amor familiar é o grande bem humano, ele tem que afirmar-se. Se um cachorro amarrado não foge, ninguém por isso o considerará um companheiro fiel. Ninguém, em seu juízo perfeito, falará de amor quando um homem possui uma mulher de pés e mãos amarradas e indefesa. Nenhum homem decente ficará orgulhoso com o amor de uma mulher que ele compra com alimentação ou influência de poder. Nenhum homem correto tomará um amor que não for dado voluntariamente. A moral forçada do dever conjugal e da autoridade familiar é uma moral de covardes dementes da vida e de impotentes incapazes de conseguir pela força natural do amor aquilo que pretendem conseguir por intermédio da polícia e do direito conjugal. 

“Querem enfiar toda a humanidade na sua própria camisa-de-força por serem incapazes de tolerar nos outros a sexualidade natural. Isso os aborrece e os enche de inveja, porque eles próprios gostariam de viver assim e não conseguem. Nós não queremos forçar ninguém a abandonar a vida familiar, mas também não queremos permitir a ninguém que obrigue aquele que não a quer a aceitá-la. Quem pode e quer passar toda a vida como monógamo, que o faça; quem, entretanto, não o pode e talvez se arruíne por causa disso, deve ter a possibilidade de organizar a sua vida de outra forma. No entanto, a organização de uma "nova vida" pressupõe o conhecimento das contradições da antiga.” 

O fracasso da reforma sexual 

“As lutas em prol da reforma sexual fazem parte da luta geral político-cultural. O liberal, como por exemplo Norman Haire, com a sua reforma sexual, combate apenas uma deficiência da sociedade, sem pretender tocar nela mesma. O socialista pacífico, o "reformista", pretende com isso implantar um pouco de socialismo na sociedade existente. Tenta inverter o processo de desenvolvimento fazendo que a reforma sexual ocorra antes que se verifique a modificação da estrutura econômica.” 

A moral sexual conservadora 

“Em conclusão apresentamos dois casos típicos do consultório sexual, que deverão demonstrar que a consciência médica é forçada a providências que se encontram em contraste diametral oposto, não somente com a moral conservadora, mas também com a reforma sexual na modalidade descrita. 

“Uma moça de 16 anos e um rapaz de 17, ambos fortes e bem desenvolvidos, entram tímidos e temerosos no consultório. Depois de muito encorajamento, o rapaz pergunta receosamente se é realmente prejudicial ter relações sexuais antes dos 20 anos. 

— Por que você acha que isso possa ser prejudicial? 
— Foi o que o chefe de grupo dos Falcões Vermelhos nos disse e é o que dizem todos entre nós que falam sobre a questão sexual. 
— Nos Falcões Vermelhos vocês falam dessas coisas? 
— Claro, mas todos nós sofremos muito ninguém tem a coragem de falar francamente. Agora um grupo de moças e rapazes saiu do nosso grupo e formou um grupo separado, porque não se dão com o nosso chefe de grupo. Este também sempre diz que as relações sexuais fazem mal. 
— Há quanto tempo vocês se conhecem? 
— Há três anos! 
— Vocês já tiveram relações sexuais 
— Não, mas gostamos muito um do outro e temos que nos separar porque sempre ficamos extremamente excitados. 
— Como assim? 

(Silêncio prolongado)

— Bem, nós nos beijamos e fazemos outras coisas. A maioria o faz. Mas agora estamos ficando quase malucos. O pior é que, pelas nossas funções, sempre temos que trabalhar juntos. Ela nos últimos tempos tem freqüentemente crises de choro e eu já não acompanho mais as aulas na escola. 
— Que é que vocês mesmos acham que seria o melhor? 
— Queremos separar-nos, mas não é possível; todo o grupo, cujos líderes nós somos, se desintegraria, e depois a mesma coisa se repetiria com outro com toda a certeza. 
— Vocês praticam esportes? 
— Sim, mas não adianta nada. Quando estamos juntos, não podemos pensar em nada a não ser numa só coisa. Por favor, diga-nos se isso faz mal mesmo. 
— Não, não faz mal, mas freqüentemente cria grandes complicações na casa dos pais. 

“Expliquei-lhes a seguir a fisiologia da puberdade e das relações sexuais, os obstáculos sociais, os perigos da gravidez e o uso de anticoncepcionais. Despedi-os com o conselho de pensar no assunto e de voltarem à consulta. 

“Duas semanas mais tarde os vi de novo, alegres, agradecidos, contentes com o trabalho. 

“Haviam superado todas as dificuldades internas e externas. Acompanhei o caso por mais alguns meses e obtive a certeza de ter evitado que dois jovens caíssem doentes. A alegria ficou empanada apenas pelo conhecimento de que tais sucessos do simples aconselhamento, por causa das fixações neuróticas da maioria dos consulentes juvenis, são exceções raras. 

“Como segundo exemplo apresentamos uma mulher de 35 anos, de aparência ainda jovem, que procurou o consultório sexual com o seguinte problema: Era casada há 18 anos, tinha um filho crescido e vivia com o marido em matrimônio exteriormente feliz. Há três anos o marido tinha relações com outra mulher. A consulente sabia e tolerava com a boa compreensão de que, depois de um casamento tão prolongado, aparecem desejos por outra pessoa. Até então havia permanecido fiel, apesar de que o marido já há dois anos deixara de ter relações com ela. Há alguns meses vinha sofrendo em virtude da abstinência sexual, mas era orgulhosa demais para induzir o marido a ter relações com ela. Nos últimos tempos se verificaram distúrbios cardíacos, insônia, irritabilidade e depressão, cada vez mais freqüentes e intensivos. Por considerações morais, não conseguiu resolver-se a ter relações sexuais com um homem que conhecera há, algum tempo, se bem que ela mesma reconhecesse a falta de sentido desses escrúpulos. O marido sempre se vangloriara da fidelidade da esposa e, ela sabia muito bem que ele não estaria disposto a lhe conceder o direito que ele mesmo passara a usufruir com a maior naturalidade. Ela perguntava o que deveria fazer, pois já não suportava mais a situação. 

“Pensamos cuidadosamente no caso. O prolongamento da abstinência social significaria doença neurótica certa. Perturbar o marido na sua nova ligação e reconquistá-lo estava fora de cogitação por dois motivos. Primeiro, porque ele não se deixaria perturbar e já confessara claramente que não tinha mais interesse sexual por ela; segundo, porque ela mesma não mais queria o marido. Restava apenas a solução de ter relações sexuais com o homem a quem amava agora. A coisa, no entanto, tinha um porém: ela não era economicamente independente, e o marido, quando soubesse do caso, exigiria divórcio imediatamente. Expliquei à mulher todas essas possibilidades, deixei-a em liberdade para a decisão e, depois de algumas semanas, eu soube, que ela havia resolvido manter relações sexuais com o amigo sem que o marido soubesse. Seus distúrbios neuróticos desapareceram pouco depois. 

“Ela havia criado coragem para tomar essa resolução em virtude de meus esforços para dissipar os seus escrúpulos morais. De acordo com a lei, eu me tornarei culpado de um crime; possibilitei a uma mulher que se encontrava à beira de uma doença neurótica a satisfação sexual fora do casamento, praticando assim a infidelidade conjugal.” 

O problema da puberdade

“Quem conscientemente quiser matar a sua sexualidade, que o faça. Não queremos obrigar ninguém à vida sexual satisfatória, mas devemos dizer: quem quiser viver em abstinência, com o risco de uma doença mental ou uma diminuição da alegria de viver e de trabalhar, que o faça. Quem não o quiser, que trate de chegar a uma vida sexual regrada, satisfatória, assim que o impulso sexual não possa mais deixar de ser atendido. No entanto, é nossa obrigação salientar a atrofia da sexualidade, seu retrocesso para atividades infantis e perversas e o distúrbio mental como conseqüência do modo da abstinência sexual do adolescente. Pois são os mais trágicos os pacientes de 35, 40 e até 50 e 60 anos que vêm ao nosso consultório, com as mais graves perturbações de sua economia mental, neuróticos, irritadiços, solitários e cansados de viver, em busca de conselho e ajuda. Em sua maior parte se vangloriam de não terem vivido "intensamente", o que querem dizer que evitaram o onanismo e as relações sexuais precoces. 

O onanismo 

“O onanismo pode mitigar os malefícios da abstinência só até certo limite. Só pode regularizar a economia sexual se ela ocorre sem sentimentos de culpa ou grandes perturbações no processo da excitação, e só se a falta de um parceiro real não for sentida intensamente. Poderá ajudar os jovens sadios a amainar as primeiras tormentas da puberdade. Dadas as condições que influenciaram o desenvolvimento sexual do adolescente desde a infância, desempenha essas funções apenas na minoria dos casos. Somente minoria ínfima dos jovens se libertara das influências morais da educação recebida a ponto de recorrer sem escrúpulos à satisfação onanística. Na maioria dos casos, os jovens lutam contra a compulsão do onanismo com maior ou menor sucesso. Se não conseguem abolir a atividade onanística, masturbam-se sob as inibições mais severas, com as práticas mais prejudiciais, por exemplo refreando ejeção do esperma. Assim se encaminham seguramente pelo menos para uma perturbação neurastênica. Se vencem na luta, recaem novamente naquela abstinência, da qual se salvaram pelo onanismo; mas dessa vez a situação se tornou muito mais desfavorável, porque as fantasias entrementes ativadas e a excitação sexual despertada tornam a abstinência ainda mais insuportável do que antes. Apenas alguns encontram a melhor solução sexual-economicamente, a das relações sexuais.” 

Casamento compulsório e relação sexual

“Todo mundo está exposto constantemente a excitações sexuais novas provocadas por outras pessoas que não o parceiro, especialmente com a coletivização do trabalho de hoje. Essas excitações de fora permanecem inócuas no período alto da relação. Nunca, porém, podem ser eliminadas, e nenhuma regulamentação quanto às roupas que devem ser usadas na igreja, ou qualquer medida ascética social, conseguirá em tempo algum qualquer coisa diversa a não ser o incremento da excitação, porque a tentativa de reprimir a exigência sexual resulta sempre no aumento dela. A não-consideração desse fato fundamental é que constitui a tragédia, ou mesmo tragicomédia, de toda moral sexual orientada asceticamente. As novas excitações sexuais, contra as quais só existe uma defesa eficiente, que é a inibição sexual neurótica, libertam pois, em cada pessoa sexualmente intacta, mais ou menos conscientemente (ou antes: tanto mais sadios quanto conscientes) desejos sexuais por outros objetos. Pela relação sexual satisfatória existente, esses desejos inicialmente permanecem sem efeito especial e podem ser reprimidos tanto mais eficientemente quanto mais conscientes forem. Está claro que, quanto menos consideração de caráter moral, quanto mais depreciação sexual-econômica ou condenação participa dessa repressão, tanto mais inocente ela será. 

“Quando, entretanto, se avolumam esses desejos por outros objetos, eles retroagem sobre a relação sexual para com o parceiro, acelerando principalmente o embotamento. As características seguras desse embotamento são: a diminuição do impulso sexual, antes do ato, e do prazer, no ato. As relações sexuais paulatinamente se tornam um hábito ou obrigação. A diminuição da satisfação com o parceiro e o desejo de outros objetos se somam e se fortalecem mutuamente. Contra isso não adianta nenhuma determinação, nenhuma técnica amorosa. Agora começa então o estágio crítico da irritação contra o parceiro, que, de acordo com o temperamento ou educação, chega a se manifestar ou é reprimido. Em todo caso: o ódio inconsciente contra o parceiro, como revelam análises de tais condições insofismavelmente, torna-se cada vez mais forte; seu motivo é a frustração da satisfação dos desejos por outros, por parte do parceiro; sim, o fato de que o ódio inconsciente poderá tornar-se tanto mais forte quanto mais amável e tolerante for o parceiro é apenas aparentemente um paradoxo. 

“Não se tem então nenhum motivo para odiar pessoalmente o parceiro, mas a pessoa sente isso, ou, melhor, o próprio amor ao parceiro passa a ser um empecilho. O ódio fica assim amortecido por um carinho extremo. Esse carinho originado do ódio e os sentimentos de culpa que proliferam em tal estágio são os componentes específicos da ligação pegajosa na relação permanente e o próprio motivo pelo qual tão freqüentemente mesmo os não-casados não se podem separar, mesmo que nada mais tenham que dizer ou muito menos que dar um ao outro, e sua relação signifique apenas um martírio mútuo. 

“Mas esse embotamento não precisa ser definitivo. De uma circunstância passageira pode-se tornar facilmente definitivo quando os parceiros sexuais não tomam conhecimento dos seus impulsos mútuos de ódio e recusam seus desejos por outros objetos como indecentes e imorais. A isso geralmente se segue uma repressão das excitações com todo o mal e prejuízo para a relação entre duas pessoas que justamente costumam resultar da repressão de impulsos poderosos. Quando a pessoa pode enfrentar tais fatos desinibidamente, sem distorção moral-sexual, o conflito se apresenta mais suave, e encontrar-se-á uma saída. É pressuposição que o ciúme normal que se sente não se torne expressão de uma reivindicação de posse, que se reconheça a naturalidade e axiomatismo do desejo por outros. A ninguém ocorrerá criticar alguém porque não gosta de usar o mesmo traje ano após ano, ou que porque está enjoado de comer sempre o mesmo prato. Somente no campo sexual a exclusividade de posse tornou-se um valor sentimental forte, porque o entrelaçamento dos interesses econômicos e das relações sexuais aumentou o ciúme da reivindicação de posse natural. Muitas pessoas maduras e comedidas me comunicaram que, depois da superação do conflito, a imaginação de que o parceiro sexual uma ou outra vez tenha entrado em relação com outros perdeu seu terror e de que mais tarde a impossibilidade anterior de imaginar uma "infidelidade" parecia ridícula. 

“Incontáveis exemplos ensinam que fidelidade por consciência, com o tempo, prejudica a relação sexual. A isso se contrapõem muitos exemplos dos quais aparece claramente que uma relação fortuita com outro parceiro apenas foi útil à relação sexual que estava justamente em via de se tornar uma relação matrimonial. Na relação permanente, sem ligação econômica, existem duas possibilidades: Ou a relação com o terceiro foi somente passageira; isso prova que não podia concorrer com a permanente; nesse caso, a relação apenas se fortaleceu; a mulher perdeu a impressão de estar inibida ou de ser incapaz de relações com outro homem. Ou a relação para com o outro parceiro se torna mais intensiva do que a existente, mais prazerosa e de outra forma mais satisfatória; então, a primeira é desfeita. 

“O que acontece então com o parceiro cuja relação amorosa ainda não estava deteriorada? Sem dúvida terá que travar uma luta difícil, em primeiro lugar consigo mesmo. Ciúme e sentimento de inferioridade sexual lutarão com a compreensão do destino do seu parceiro. Talvez que fique empenhado em reconquistar seu parceiro, o que terminará com o automatismo da relação duradoura, destruindo a segurança de posse; talvez que preferirá também permanecer passivamente na expectativa, deixando a decisão para o decorrer dos acontecimentos. Não damos conselhos, mas apenas aventamos hipóteses de possibilidades que correspondem a fatos reais. Em todo caso, a dificuldade é menor do que a desgraça que se verifica quando duas pessoas estão grudadas uma à outra por considerações morais ou outras. A consideração, que tantos indivíduos em tais casos costumam ter para com o parceiro, ao reprimir constantemente seus desejos, sem poder eliminá-los, muitas vezes se transforma no contrário. Quem teve consideração demais facilmente se sente no direito de obrigar o outro a agradecimento por isso, considerar-se vítima, ficar intolerante, atitudes essas que fazem perigar a relação muito mais e certamente a tornam mais feia do que qualquer "infidelidade" o poderia ter feito. Não queremos, porém, iludir-nos de que tal consideração para com as necessidades do parceiro, sob as condições da estrutura humana e ideologia sexual de hoje, seja possível em grande proporção.” 

O ascetismo e a monogamia duradoura são irrealizáveis

“Relações sexuais permanentes, que não se tornam matrimoniais, em geral não duram a vida toda. Quanto mais cedo tais relações são iniciadas, tanto maior é a probabilidade e, como se pode demonstrar, a justificação psicológica e biológica de que se rompam mais depressa do que as iniciadas mais tarde. Até aproximadamente a idade de 30 anos, o homem se encontra, quando não é esmagado pela sua situação econômica, cm contínuo desenvolvimento psíquico. Somente nessa época, costumam em média fortalecer-se os interesses, tornando-se duradouros. A ideologia do ascetismo e da monogamia duradoura, portanto, se encontra em contradição crassa ao processo de desenvolvimento físico e psíquico. Praticamente, é irrealizável. Isso leva à contradição de qualquer ideologia matrimonial.” 

Repressão ao povo soviético no 1º de Maio de 1993

No 1º de Maio de 1993 o povo soviético saiu às ruas para protestar contra o golpe que dissolveu a União Soviética e que reinstaurou o capitalismo nos países que a compunham. As medidas vergonhosas de Boris Yeltsin revoltavam o povo.

E algo que há décadas não se via aconteceu: a polícia, agora a mando dos capitalistas, teve que reprimir o povo que saía às ruas de Moscou com bandeiras vermelhas.

Foi assim que a URSS foi desmantelada: à surdina, às escuras, sub-repticiamente  E por aí também se vê o que o povo realmente queria: socialismo ou o retorno ao capitalismo.


As cidades soviéticas do futuro imaginadas nos anos 1970

Devido à avançada cultura da sociedade soviética a juventude tentava, entre outras inquietudes científicas, imaginar e plasmar o que seria seu país, a União Soviética do século XXI. Na década de 1970 os Pioneiros ilustraram seu trabalho em centenas de publicações dedicadas à ciência, à arte e à tecnologia, dentre as quais se destacava “Technika Molodezhi” (Juventude Técnica).


Anos 1974-1975: Cidades soviéticas do ano 2000







Aviões que voam debaixo d'água, colheitadeiras automáticas e uma escavadora (1970)


Conceito artístico de elevador espacial (1970) e a Cidade Voadora de Vênus (1971)


Conceito de cidade futurista desenhado em 1967, na qual se podem ver os planos da distribuição destes edifícios com forma de pirâmides


Conceito de estacionamento futurista, na qual em cada círculo do painel giratório se localiza um carro (1975)


Casas para o norte da Sibéria (1972)















Nem tudo era ficção para os Pioneiros. Trabalhando em um modelo de transporte público da época
Fonte: El Socialismo es la solución

Execução de nazistas na URSS do camarada Stalin

O camarada Stalin nos ensinou que tratamento dispensar a nazistas e fascistas de todos os matizes.

Atriz russa explica como era a vida no país do socialismo

Yelyena Sopova, atriz russa do filme "Os penetras" surpreende a audiência brasileira ao contar , em português, como era a vida na ex-URSS, país intensamente caluniado e difamado no ocidente, em entrevista a um programa de rádio da Jovem Pan. Antes dela, o craque Petkovic refutara em rede nacional as colocações da socialight Anna Maria Braga, descrevendo um estilo de vida pacífico, emprego para todos e seguridade social.

Mas sempre existe alguém que se sente representado por @marcofeliciano


Marco Feliciano KKK
#Charge – Mas sempre existe alguém que se sente representado por @marcofeliciano:

Bancada evangélica exorcizando o Congresso Nacional


Sai estado laico

Cuba - indicadores sociais e econômicos


Abaixo algumas informações sobre as conquistas da revolução cubana. Esses indicadores econômicos e sociais de Cuba foram divulgados em artigo recente do francês Salim Lamrani.

- Cuba dispõe da taxa de mortalidade infantil (4,6 por mil) mais baixa do continente americano – incluindo Canadá e EUA – e do terceiro mundo.

- A American Association for World Health, cujo presidente de honra é Jimmy Carter, aponta que o sistema de saúde de Cuba é “considerado de modo uniforme como o modelo preeminente para o terceiro mundo”.

- A American Association for World Health aponta que “não há barreiras raciais que impeçam o acesso à saúde” e ressalta “o exemplo oferecido por Cuba, o exemplo de um país com a vontade política de fornecer uma boa atenção médica a todos os cidadãos”.

- Com um médico para cada 148 habitantes (78.622 no total), Cuba é, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a nação melhor dotada do mundo neste setor.

- Segundo a New England Journal of Medicine, a mais prestigiada revista médica do mundo, “o sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito […]. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os EUA.

- Segundo o Escritório de Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Cuba é o único país da América Latina e do Terceiro Mundo que se encontra entre as dez primeiras nações do mundo com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano sobre três critérios, expectativa de vida, educação e nível de vida durante a última década.

- Segundo a Unesco, Cuba dispõe da taxa de analfabetismo mais baixa e da taxa de escolarização mais alta da América Latina.

- Segundo a Unesco, um aluno cubano tem o dobro de conhecimentos do que uma criança latino-americana. O organismo enfatiza que “Cuba, ainda que seja um dos países mais pobres da América Latina, dispõe dos melhores resultados quanto à educação básica”.

- Um informe da Unesco sobre a educação em 13 países da América Latina classifica Cuba como a primeira em todos os aspectos.

- Segundo a Unesco, Cuba ocupa o décimo sexto lugar do mundo – o primeiro do continente americano – no Índice de Desenvolvimento da Educação para todos (IDE), que avalia o ensino primário universal, a alfabetização dos adultos, a paridade e a igualdade dos sexos, assim como a qualidade da educação. A título de comparação, EUA está classificado em 25° lugar.

- Segundo a Unesco, Cuba é a nação do mundo que dedica a parte mais elevada do orçamento nacional à educação, com cerca de 13% do PIB.

- A Escola Latino-americana de Medicina de Havana é uma das mais prestigiadas do continente americano e já formou dezenas de milhares de profissionais da saúde de mais de 123 países do mundo.

- O Unicef enfatiza que “Cuba é um exemplo na proteção da infância”.

- Segundo Juan José Ortiz, representante da Unicef em Havana, em Cuba “não há nenhuma criança nas ruas. Em Cuba, as crianças ainda são uma prioridade e, por isso, não sofrem as carências de milhões de crianças da América Latina, que trabalham, são exploradas ou caem nas redes de prostituição”.

- Segundo o Unicef, Cuba é um “paraíso para a infância na América Latina”.

- O Unicef ressalta que Cuba é o único país da América Latina e do terceiro mundo que erradicou a desnutrição infantil.

- A organização não governamental Save the Children coloca Cuba no primeiro lugar entre os países em desenvolvimento no quesito condições de maternidade, à frente de Argentina, Israel ou Coreia do Sul.

- A primeira vacina do mundo contra o câncer de pulmão, a Cimavax-EGF, foi elaborada por pesquisadores cubanos do Centro de Imunologia Molecular de Havana.

- Desde 1963, com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, cerca de 132 mil médicos cubanos e outros profissionais da saúde colaboram voluntariamente em 102 países.

- Ao todo, os médicos cubanos atenderam mais de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas em todo o planeta.

- Atualmente, 38.868 colaboradores sanitários cubanos, entre eles 15.407 médicos, oferecem seus serviços em 66 nações.

- Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) “um dos exemplos mais exitosos da cooperação entre os cubanos com o Terceiro Mundo tem sido o Programa Integral de Saúde América Central, Caribe e África”.

- Em 2012, Cuba formou mais de 11 mil novos médicos: 5.315 são cubanos e 5.694 são de 69 países da América Latina, África, Ásia… e inclusive dos Estados Unidos.

- Em 2005, com a tragédia causada pelo furacão Katrina em Nova Orleans, Cuba ofereceu a Washington 1.586 médicos para atender as vítimas, mas o presidente da época, George W. Bush, rejeitou a oferta.

- Segundo Elías Carranza, diretor do Instituto Latinoamericano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente, Cuba erradicou a exclusão social graças “a grandes conquistas na redução da criminalidade”. Trata-se do “país mais seguro da região, [enquanto que] a situação em relação aos crimes e à falta de segurança em escala continental se deteriorou nas últimas três décadas com o aumento do número de mortes nas prisões e no exterior”.

- Em relação ao sistema de Defesa Civil cubano, o Centro para a Política Internacional de Washington, dirigido por Wayne S. Smith, ex-embaixador norte-americano em Cuba, aponta em um informe que “não há nenhuma dúvida quando à eficiência do sistema cubano. Apenas alguns cubanos perderam a vida nos 16 furacões mais importantes que atingiram a ilha na última década, e a propabilidade de se perder a vida em um furacão nos EUA é 15 vezes maior do que em Cuba”.

- O informe da ONU sobre “O estado da insegurança alimentar no mundo 2012” aponta que os únicos países que erradicaram a fome na América Latina são Cuba, Chile, Venezuela e Uruguai.

- Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), “as medidas aplicadas por Cuba na atualização de seu modelo econômico com vistas a conseguir a soberania alimentar podem se converter em um exemplo para a humanidade”.

- Segundo o Banco Mundial, “Cuba é reconhecida internacionalmente por seus êxitos no campo da educação e da saúde, com um serviço social que supera o da maioria dos países em vias de desenvolvimento e, em alguns setores, é comparável ao de países desenvolvidos”.

- O Fundo das Nações Unidas para a População salienta que Cuba “adotou, há mais de meio século, programas sociais muito avançados, que permitiram ao país alcançar indicadores sociais e demográficos comparáveis aos dos países desenvolvidos”.

- Desde 1959, e da chegada de Fidel Castro ao poder, nenhum jornalista foi assassinado em Cuba. O último que perdeu a vida foi Carlos Bastidas Argüello, assassinado pelo regime militar de Batista em 13 de maio de 1958.

- Segundo o informe de 2012 da Anistia Internacional, Cuba é um dos países da América que menos viola os direitos humanos.

- Segundo a Anistia Internacional, as violações de direitos humanos são mais graves nos EUA do que em Cuba.

- Segundo a Anistia Internacional, atualmente, não há nenhum preso político em Cuba.

- O único país do continente americano que não mantém relações diplomáticas e comerciais normais com Cuba são os EUA.

As galerias subterrâneas dos guerrilheiros soviéticos durante a ocupação nazista


A invasão nazista da União Soviética em 1941 deixou incríveis mostras de heroismo e bravura, e a cidade ucraniana de Odessa é um exemplo. Com uma clara desvantagem numérica (86.000 soviéticos contra 340.000 invasores romenos e alemães) e cercados por terra, os defensores da cidade resistiram 73 duríssimos dias lutando contra o inimigo. Em 16 de outubro de 1941, os invasores conseguiram tomar a cidade. Daquele momento em diante a cidade sofreria com a ditadura tirânica e genocida da Romênia fascista, culminando no chamado Holocausto de Odessa. Na cidade foram executadas mais de 100.000 pessoas, das formas mais crueis e covardes.

Mas um Valente comunista começa a organizar um grupo clandestino de resistência. Seu nome de guerra é Pavel Badaev, e a valentia é a sua principal característica. O nome verdadeiro deste jovem era Vladimir Molodtsov. Vladimir nasceu em 1911 na região de Ryazan, e se juntou ao Komsomol quando tinha 15 anos de idade. Depois de trabalhar como mecânico em uma mina, começou a trabalhar na NKVD gerenciando informações provindas do exterior. Em 1941, enquanto os defensores de Odessa resistiam, ele foi enviado à cidade para organizar a resistência posterior. Seu nome clandiestino, Badaev, é escolhido por sua esposa, Antonina Badaeva.

Vladimir Molodtsov organiza então um grupo clandestino dedicado à inteligência, à sabotagem, à agitação, etc. Seu grupo atacava o inimigo por baixo da cidade, escondendo-se nas chamadas "Catacumbas de Odessa", que eram uma vasta rede de túneis construídos desde o século XIX para extrair calcário.

O grupo já atua desde o período da defesa de Odessa, embora a primeira ação de destaque ocorrerá somente em 22 de outubro de 1941. Ainda não havia passado uma semana desde a tomada da cidade, quando uma reunião de comandantes romenos e alemães explode pelos ares. Dois generais e 147 oficiais perderam suas vidas, sendo que mal tiveram tempo de comemorar a captura da cidade.

Em 17 de novembro de 1941, um trem de luxo veio para a cidade cheia de soldados e oficiais, a fim de fortalecer o genocídio que estava ocorrendo ali. Abaixo do trem estava o grupo de Molodtsov, que fez o trem voar pelos ares, causando mais de 250 baixas inimigas.

Enquanto as batalhas ocorriam nos frontes, na cidade de Odessa agia o grupo guerrilheiro com seus 70 membros, realizando sabotagens, eliminando membros da SS, interrompendo as comunicações do inimigo... E tudo isso a partir das galerias subterrâneias que serviam como base de operações, as quais tinham péssimas condições de higiene, muita umidade, etc.

Em 9 de fevereiro Vladimir Molodtsov é preso devido à traição de um de seus soldados. Suportou cruéis sessões de tortura mas jamais entregou ninguém. Foi executado em 29 de maio, sendo que nunca se soube do paradeiro de seu corpo. Ele foi postumamente nomeado Herói da União Soviética por sua coragem, heroísmo e patriotismo.





Fonte: Cultura Bolchevique