PIG anuncia vitória de Dilma


Emprestado do Cloaca News.

Onde o socialismo deu certo?


A pergunta "onde o socialismo deu certo?" é  geralmente lançada de forma meramente retórica, com o objetivo de referenciar supostas "provas concretas" da inexequibilidade deste modo de produção. Elaborar os problemas de forma correta, porém, já é mais da metade de sua solução. Perguntas (quase) sempre carregam pressupostos que não são assim tão evidentes, e aceitar respondê-las sem analisá-las resulta, várias vezes, em tomar pseudo-problemas como problemas reais.

No caso em questão é preciso esclarecer pelo menos dois pressupostos: em primeiro lugar, o que significa "dar certo"? E em segundo lugar, um sistema econômico ou político tem que "dar certo" para quem?

É evidente que o capitalismo "dá certo" para uma restrita camada da população mundial, enquanto fracassa miseravelmente para aqueles 815 milhões de pessoas que passam fome hoje no planeta. Um sistema com mais de quatro séculos de existência e que não foi capaz até hoje de solucionar problemas básicos como o da fome, do saneamento básico e da moradia deveria ser visto com muito ceticismo.

Vamos dar uma olhada em que medida o socialismo e também o capitalismo "dão certo". Inicialmente faremos algumas considerações sobre o socialismo cubano, depois sobre a União Soviética e o Leste Europeu e, por último, apresentaremos algumas estatísticas sobre o capitalismo no mundo inteiro.

O socialismo em Cuba

Cuba é um país pobre e, como todos os outros países da América Latina, uma ex-colônia. A análise de um país não pode abstrair de sua história. Para agravar esta herança, Cuba ainda sofre um bloqueio econômico por parte dos EUA há mais de 50 anos, o que lhe impede de ter relações comerciais normais não só com as empresas estadunidenses, mas também com empresas de diversos outros países devido à extensão do bloqueio.

Se Cuba tem algum problema econômico, este não começou com o socialismo, mas com a "pobreza" comum a todos os países do continente e anterior à revolução de 1959. Como se isso não bastasse, as dificuldades de Cuba se agravam com o criminoso bloqueio econômico que nenhum outro país da América sofre, e que nenhum outro país suportaria nem por 5 meses, quanto mais por 50 anos.

Quando dizem que o "modelo cubano" não funciona, os capitalistas pretendem comparar a riqueza dos países capitalistas com a pobreza dos cubanos.

Mas por que não comparar a pobreza dos países capitalistas com a pobreza dos países socialistas?

Qualquer comparação entre dois países deve considerar sua história e seu contexto. A colonização dos EUA e do Canadá, por exemplo, foi de um tipo bem diferente da colonização da América do Sul e da África.

Uma comparação honesta de Cuba com outro país deve tomar como parâmetro não os EUA ou a Inglaterra, mas sim países como o Haiti e Trinidad e Tobago, por exemplo.

O que encontramos, então, ao comparar a "pobreza" dos cubanos com a literal miséria do restante da América? Cuba possui o melhor sistema de saúde público e gratuito de todo o continente. Seu sistema educacional gratuito abrange toda a população. Seu índice de analfabetimo é o menor da AL, assim como da desnutrição infantil. Seu índice de desenvolvimento humano (IDH) também é o maior.

Isso seria "dar certo" ou não?

Vemos que isso depende dos parâmetros de avaliação, e também do para quem dá certo.

Confira neste link uma lista mais completa dos indicadores sociais cubanos:

http://omarxistaleninista.blogspot.com.br/2013/04/cuba-indicadores-sociais-e-economicos.html

Vejamos agora o caso da União Soviética, URSS.

O socialismo na URSS

A Rússia virou o século XX como um país semi-feudal, que ainda possuía um tsar. A revolução ocorreu em 1917. O país passou por difíceis períodos de guerra civil, perdeu mais de 25 milhões de pessoas na II Guerra Mundial, foi devastado com a invasão alemã, mas mesmo assim se tornou uma potência mundial, contando apenas com suas próprias forças para isso, ao contrário dos países imperialistas que receberam uma boa fatia do Plano Marshall para se reerguer.

Seu avanço tecnológico chegou a tal ponto que foi o primeiro país a enviar o homem para o espaço (o astronauta Yuri Gagárin), em 1961.

Vejam bem: de semi-feudal em 1917, ano da revolução, a URSS estava enviando o homem para o espaço em 1961.

Num espaço de apenas quatro décadas o país, sob o socialismo, saiu do arado de madeira para o espaço sideral.

Um documentário recente da BBC - insuspeita de quaisquer simpatias pela União Soviética - mostra que a URSS foi a verdadeira vencedora da corrida espacial, e não os EUA.

Neste parâmetro de avaliação, isso seria "dar certo" ou não?

Além de tudo aquilo que conhecemos através dos livros sobre os sistemas de saúde, de educação, de transportes, etc, já tive a oportunidade de conversar diretamente com um soviético (com quem trabalhei por um tempo) sobre como era a vida em seu país.

Ele, um cidadão comum da URSS, me disse que não conhecia pessoalmente nenhum indivíduo que não pudesse fazer faculdade, por exemplo. Me disse que não conhecia ninguém desempregado, e que o grande problema lá é que até faltava mão-de-obra. Lá ninguém era rico, mas também ninguém era "pobre".

É verdade que tanto na URSS como em todo o leste europeu houve um retrocesso ao capitalismo. Mas isso de forma alguma é um sinal de que o socialismo "não deu certo". O próprio capitalismo sofreu inúmeros retrocessos históricos antes de se estabelecer.

O socialismo no Leste Europeu

No caso do leste europeu há importantes fatores que determinaram este retrocesso e que quase nunca são mencionados neste tipo de discussão.

Em primeiro lugar, o leste europeu não se tornou socialista através de revoluções populares bem preparadas com um amplo trabalho de massas, apesar do enorme apoio dos partidos comunistas entre o povo. O socialismo foi implantado nesses países principalmente em virtude das circunstâncias existentes na Europa ao final da II Guerra Mundial.

Antes do término da guerra, esses países estavam sob governos fascistas, implantados por Hitler. Na famosa Conferência de Yalta chegou-se à conclusão de que eles não poderiam ser deixados "sozinhos" após a guerra, sob o risco da ameaça fascista ressurgir naquela região. Fixou-se então que a URSS ficaria encarregada por ela.

No entanto, os partidos comunistas desses países se encontravam desbaratados. Vários dos seus principais quadros e lideranças haviam sido assassinados pelos fascistas. Este foi um dos importantes fatores que não permitiram que o socialismo seguisse um rumo diferente do que poderia em condições normais.

Mas mesmo assim, quando comparamos o nível de desenvolvimento industrial desses países antes e depois da guerra (períodos capitalista e socialista), vemos como o socialismo avançou a indústria dessa "periferia" da Europa.

(A propósito, veja alguns dados comparando a situação do leste europeu nos períodos do socialismo e da volta ao capitalismo: Capitalismo, golpe fatal no Leste Europeu)

Além disso, ao contrário do que alguns costumam afirmar, não se pode considerar todo o leste europeu como "várias experiências" socialistas. Apesar das particularidades de cada país, todos constituem uma única experiência socialista, a experiência de praticamente um único modelo.

Enfim, o que essas e todas as experiências socialistas mostraram e continuam mostrando é que, ao contrário do que dizem, o socialismo é um sistema exequível.

A história não segue linearmente, isso é, como se fosse uma linha reta. O curso histórico talvez seja mais parecido com uma espiral, com seus recuos momentâneos. O próprio capitalismo sofreu diversos golpes e contra-revoluções, levando séculos para se estabelecer completamente. Por que esperar então que o socialismo fosse estabelecido de uma vez por todas com um só golpe?

Como o capitalismo dá certo

Para finalizar, apresento agora alguns dados sobre o capitalismo e inverto a pergunta: o capitalismo "dá certo"? O capitalismo "funciona"? O que seria "dar certo" no capitalismo? Ele "funciona" para quem?


População mundial: 6,8 bilhões, dos quais:

  • 1,02 bilhão têm desnutrição crônica (FAO, 2009)

  • 2 bilhões não têm acesso a medicamentos (www.fic.nih.gov)

  • 884 milhões não têm acesso a água potável (OMS/UNICEF 2008)

  • 924 milhões de "sem teto" ou que vivem em moradias precárias (UN Habitat 2003)

  • 1, 6 bilhão não tem eletricidade (UN Habitat, “Urban Energy”)

  • 2,5 bilhões não tem acesso a saneamento básico e esgotos (OMS/UNICEF 2008)

  • 774 milhões de adultos são analfabetos (www.uis.unesco.org)

  • 18 milhões de mortes por ano devido à pobreza, a maioria delas de crianças com menos de 5 anos (OMS)

  • 218 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos, trabalham em condições de escravidão ou em tarefas perigosas ou humilhantes, como soldados, prostitutas, serventes na agricultura, na construção civil ou na indústria têxtil (OIT: A Eliminação do Trabalho Infantil: Um Objetivo a Nosso Alcance, 2006)

  • Entre 1988 e 2002, os 25% mais pobres da população mundial reduziram sua participação na riqueza global de 1,16% para 0,92%, enquanto que os 10% mais ricos acrescentaram mais riquezas, passando de 64,7 para 71,1% da riqueza produzida mundialmente. O enriquecimento de poucos tem como reverso o empobrecimento de muitos.

  • Só esse 6,4 % de aumento da riqueza dos mais ricos seria suficiente para duplicar a renda de 70% da população da Terra, salvando inumeráveis vidas e reduzindo as penúrias e sofrimentos dos mais pobres. Entenda-se bem: tal coisa seria obtida se tão só fosse redistribuído o enriquecimento adicional produzido entre 1988 e 2002, dos 10% dos mais ricos do planeta, deixando intactas suas exorbitantes fortunas. Mas nem sequer algo tão elementar como isso é aceitável para as classes dominantes do capitalismo mundial.

Che e Fidel: uma amizade revolucionária

Dois homens especiais cuja contribuição à Humanidade ficará para sempre na História. Duas personalidades com pontos em comum e também com diferenças, mas que se completaram para constituir uma luz para os povos oprimidos do Caribe, da América Latina e de todo o mundo. Fidel Castro Ruz, cubano, nasceu em 1926, filho de Ángel Castro e Lina Ruz, ele um imigrante galego, pobre, que fez fortuna em Cuba, acumulando terras, madeira e gado. Fidel cursou direito na Universidade de Havana, onde começou sua intensa militância política, com uma visão profundamente anti-imperialista, evoluindo para o socialismo e o comunismo. Ernesto Guevara de La Serna, argentino, nasceu em 1928, filho de Ernesto Guevara Lynch e Célia de La Serna, um casal de classe média alta, embora em crise financeira, e progressista. Ernesto (Teté, Chancho) não participou ativamente do movimento estudantil, desde cedo estudou a filosofia marxista, mas não simpatizava com o Partido Comunista Argentino.


Dois caminhos se encontram

Fidel criou um Movimento Revolucionário, que se chamaria 26 de Julho, em memória à data do assalto ao Quartel Moncada para distribuir armas com o povo e incitá-lo a derrubar a ditadura de Fulgencio Batista; foi preso, solto e saiu para o México, onde iria se encontrar com outros companheiros exilados a fim de organizar uma expedição para desencadear uma guerra de guerrilhas contra a ditadura a partir da Sierra Maestra.

Ernesto Guevara buscava um caminho, tinha uma consciência profundamente anti-imperialista e socialista. Não se contentava com o conhecimento baseado na leitura. Queria ver, contatar os oprimidos de perto. Fez sua primeira viagem junto com Alberto Granado, por grande parte da América do Sul (ver filme Diários de Motocicleta). No retorno, disse “Não sou o mesmo de antes”. A segunda viagem foi de engajamento. Na procura de um movimento para lutar pela libertação dos oprimidos, chegou à Guatemala, onde o povo se mobilizava para defender o governo Árbenz (democrático e nacionalista) de uma invasão de reacionários apoiados pelos Estados Unidos (CIA).

Derrotada a revolução guatemalteca, Ernesto segue para o México, onde foi apresentado aos cubanos, em cuja missão se integrou e por eles foi rebatizado como “Che”, devido a Ernesto dirigir-se às pessoas como tchê (costume dos Pampas). Com eles, encontrou seu “norte”. Che ficou tão impressionado com Fidel, que escreveu um poema para ele: “Vamos, ardoroso profeta da madrugada/por caminhos longínquos e desconhecidos/liberar o grande caimão que você tanto ama/quando soar o primeiro tiro e na virginal surpresa toda a mata despertar/lá ao seu lado, serenos combatentes/você nos terá...”

Fidel também se impressionou com aquele argentino cheio de entusiasmo e fé, absolutamente decidido a dedicar sua vida ao povo, que considerava a luta em Cuba a primeira grande oportunidade de pôr em prática seu inquestionável objetivo. Aceitou-o como médico da expedição, mas, logo nos primeiros treinamentos militares, sua firmeza, sua capacidade de aprender as técnicas da guerrilha, sua capacidade de liderança e a magnética personalidade deixaram claro que ali se encontrava um guerrilheiro de primeira hora.

Companheiros de comando, amigos e confidentes

Já no Natal de 1956, após os primeiros meses de luta na Sierra, Che integrava o Estado-Maior do Exército Rebelde, depois foi nomeado Comandante da Segunda Coluna. No dia de sua nomeação por Fidel, Che escreveu no Diário: “Isso me fez sentir como o homem mais orgulhoso da Terra neste dia”. A partir daquele momento, ele era o Comandante Che Guevara.

A bravura e dedicação do Che tornaram-no um símbolo do guerrilheiro heroico, braço direito de Fidel e seu principal confidente. Mesmo quando suas colunas estavam distantes, constantemente trocavam bilhetes. Fidel falava para ele dos planos militares, debates políticos, assuntos financeiros, e relatava experiências com novas armas que iam inventando no decorrer da luta.

Em entrevista ao jornalista argentino Jorge Masetti, ainda na Sierra, Che disse: “Fidel me impressionou como um homem extraordinário. Ele enfrentou e superou as coisas mais impossíveis. Ele tinha uma fé excepcional de que, uma vez que partisse para Cuba, chegaria. Que uma vez que tivesse chegado, lutaria. E que, lutando, venceria. Eu compartilhei desse entusiasmo...”

Após a tomada do poder, em janeiro de 1959, Che assumiu diversas funções no governo, buscando pôr em prática sua ideia de construção do homem novo. Para ele, o socialismo só seria possível com o ser humano superando o individualismo e colocando a coletividade em primeiro plano. Para isso, dizia Che, incentivos materiais não servem e sim a emulação proporcionada pelo trabalho voluntário, no qual ele era o primeiro a dar exemplo. Uma vida simples. Uso de carro oficial apenas a serviço, recusa de levar a mulher em viagens ao exterior, em dar presente aos filhos que o homem do povo não pudesse dar também, e assim por diante. Che sempre recebeu o apoio e o incentivo de Fidel.

Che sempre teve claro que Cuba não seria seu porto final. Que era preciso continuar a luta pela libertação da humanidade. E que Cuba não poderia avançar sozinha na construção do socialismo, dependendo apenas do apoio da União Soviética, onde a política dos governantes já sinalizava um recuo, em vez de avançar para o comunismo.

De Che para Fidel

Mas Che compreendia a posição do governo cubano e de Fidel, só que não via sentido em permanecer mais em Cuba enquanto outros povos precisavam de sua “modesta” contribuição. A carta de despedida que fez para Fidel antes de partir para o Congo, de onde sairia para a Bolívia, é um testemunho emocionante da admiração e amizade que mantinha pelo Comandante Fidel:

“...Vivi dias magníficos ao seu lado, senti o orgulho de pertencer ao nosso povo nos dias brilhantes, embora tristes, da crise caribenha. Raramente um diplomata foi mais brilhante que você naqueles dias...Carrego para novas frentes de batalha a fé que você me ensinou, o espírito revolucionário do meu povo. Se minha hora final me encontrar debaixo de outros céus, meu pensamento será para o povo e especialmente para você...”

Bem, infelizmente, a hora final chegou debaixo dos céus da pátria-mãe latino-americana, mais precisamente da Bolívia, quando, ferido em combate em 8 de outubro de 1967, no dia seguinte, o eterno Che Guevara foi assassinado, fria e covardemente, por um esbirro do exército boliviano, assessorado pelos boinas-verdes dos EUA.

De Fidel para Che

Ao anunciar ao povo cubano a morte do Comandante Che Guevara, Fidel manifestou publicamente – e visivelmente emocionado – toda a admiração e amizade que também mantinha pelo herói, dizendo, entre outras palavras ardorosas:

“...Che possuía, como revolucionário, as virtudes que podem ser definidas como a mais cabal expressão das virtudes de um revolucionário: homem íntegro, homem de honradez suprema, de sinceridade absoluta, homem de vida estoica e espartana, homem em quem, praticamente, em sua conduta, não se encontra uma só mancha. Constituiu, por suas virtudes, o que se pode chamar de verdadeiro modelo de revolucionário. Um verdadeiro exemplo de virtudes revolucionárias! Mas, além disso, tinha outra qualidade, uma qualidade do coração, porque era um homem extraordinariamente humano, extraordinariamente sensível! Homem de ação, mas também homem de pensamento, homem de imaculadas virtudes revolucionárias e de extraordinária sensibilidade humana, unidas a um caráter de ferro, a uma vontade de aço, a uma tenacidade indomável.

Trabalhador infatigável, nos anos que esteve a serviço de nossa pátria não conheceu um só dia de descanso. Sua inteligência multifacetada era capaz de empreender, com o máximo de segurança, qualquer tarefa, de qualquer ordem, em qualquer sentido.

Nos dias regulamentares de descanso, empenhava-se no trabalho voluntário. Foi o inspirador e o máximo impulsionador desse trabalho que hoje é atividade de centenas de milhares de pessoas em todo o país, o impulsor dessa atividade que cada dia ganha mais força nas massas de nosso povo.

E como revolucionário, como revolucionário comunista, verdadeiramente comunista, tinha uma infinita fé nos valores morais, tinha uma infinita fé na consciência aos homens. E devemos dizer que, em sua concepção, viu com absoluta clareza nos recursos morais a alavanca fundamental da construção do comunismo na sociedade humana.

Em uma palavra, deixou-nos seu exemplo! E o exemplo de Che deve ser um modelo para nosso povo, o exemplo de Che deve ser o modelo ideal para nosso povo!

Se queremos expressar como aspiramos a que sejam nossos combatentes revolucionários, nossos militantes, nossos homens, devemos dizer sem vacilação de nenhuma índole: que sejam como Che! Se queremos expressar como aspiramos a que sejam os homens das futuras gerações, devemos dizer: que sejam como Che! Se queremos dizer como desejamos que nossos filhos sejam educados, devemos dizer sem vacilação: queremos que se eduquem no espírito de Che! Se queremos um modelo de homem, um modelo de homem que não pertence a este tempo, um modelo de homem que pertence ao futuro, de coração digo que esse modelo, sem uma só mancha em sua conduta, sem uma só mancha em suas atitudes, sem uma só mancha em sua atuação, esse modelo é Che! Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: queremos que sejam como Che!”

José Levino, historiador


Che: un hombre nuevo.

Trailer do novo documentário sobre Che Guevara.

"Nas grandes lutas latino-americanas encontra-se homens de ação que deram tudo de si, inclusive sua própria vida, e encontra-se também grandes teóricos que escreveram e levaram a uma reflexão mais profunda das idéias libertárias. Mas no Che confluíram as duas coisas: era um homem que enquanto estava no meio de um combate estava escrevendo, e que enquanto estava tomando uma decisão central para sua subsistência, estava fazendo uma crítica ao manual de economia marxista que chegava da URSS."

Tristán Bauer, diretor

Política sexual - Igreja e conservadorismo

Trecho de um decreto nazista em relação à educação da juventude:

"A educação da juventude para apreciar o valor do Estado e da comunidade recebe a sua força interior das verdades do cristianismo... A fidelidade e a responsabilidade para com o povo e a prática tem as suas raízes mais profundas na fé cristã. Por este motivo, será sempre meu especial dever assegurar o direito e a livre propagação da escola cristã e os fundamentos cristãos de toda educação."


De forma não consciente o nazismo soube se utilizar dos mecanismos de repressão da igreja, principalmente na questão sexual, pois a igreja tradicional é uma formadora de pessoas conservadoras e reacionárias.

A repressão sexual cristã tem influência direta na forma de organização familiar e, consequentemente, na orientação política dos fiéis.

Para mais, consulte "Psicologia de massas do fascismo", de Wilhelm Reich

Esclarecimento sobre o suposto "golpe" no Equador

Abaixo a nota do Partido Comunista Marxista-Leninista do Equador sobre a suposta tentativa de golpe no governo de Rafael Correa.


PARTIDO COMUNISTA MARXISTA LENINISTA DEL ECUADOR
Comité Central

EL PCMLE FRENTE A LOS ACONTECIMIENTOS DEL 30 DE SEPTIEMBRE

El Ecuador viene siendo el escenario desde hace algunos meses, de la intensificación y ampliación de las luchas sociales, que diversos sectores del pueblo trabajador, los sindicalistas, indígenas, campesinos, maestros, la juventud estudiantil, servidores públicos, pequeños comerciantes, jubilados, vienen desarrollando, para oponerse a las políticas del gobierno de Rafael Correa que lesionan en los hechos los intereses del país, de los pueblos y de sus organizaciones, refuerzan o consagran las políticas neoliberales, privatizadoras y entreguistas.

Los trabajadores han levantado sus acciones en defensa de los derechos sindicales que han querido ser anulados por parte del gobierno; los pueblos indígenas combatieron en todo el país en defensa del agua como un recurso humano vital; las comunidades campesinas e indígenas oponiéndose a la naturaleza entreguista y depredadora de la Ley de Minería; los maestros exigiendo mejores garantías para la educación nacional, opuestos a unas evaluaciones retaliatorias y excluyentes; los estudiantes y todas las universidades del país, contra una Ley de Educación Superior que elimina la autonomía universitaria, el cogobierno estudiantil, el libre ingreso, otras conquistas y derechos; los servidores públicos se han movilizado defendiendo su estabilidad, sus conquistas alcanzadas tras largas luchas; los jubilados para mejorar sus pensiones y su atención por parte del Seguro Social; los pequeños comerciantes han estado en las calles por una Ley que garantice su derecho al trabajo, la seguridad social y otras conquistas.

Estas movilizaciones y protestas también han denunciado la posición del régimen para favorecer a los monopolios imperialistas petroleros, mineros, de telecomunicaciones; de favorecer el endeudamiento externo, en condiciones desventajosas; de involucrar al país en el Plan Colombia y de impulsar una política lesiva a la soberanía nacional en la suscripción de la Convención de los Derechos del Mar (CONVEMAR).

El Presidente Correa ha respondido a estas acciones de lucha y las denuncias de las organizaciones sociales, con una política represiva que va dejando víctimas fatales, heridos y grandes daños materiales como en los casos del ataque a la población de Dayuma, a los mineros del Azuay, el asesinato del profesor shuar Bosco Wisuma, el desalojo violento a los mineros de Zamora y otros hechos. Dirigentes de organizaciones obreras, indígenas, campesinas, estudiantiles, de maestros, han sido detenidos, enjuiciados y perseguidos; son objeto de abominables ataques y calumnias a través de una sonora y atiborrante campaña de los grandes medios que el gobierno controla, acusándolos de “mediocres”, “terroristas”, “corruptos”, etc.

En el marco de esta situación, el día 30 de septiembre se produce en distintos lugares del país, la rebelión de las tropas policiales, la toma de los cuarteles, su salida a las calles, en respuesta a la aprobación que se diera en la Asamblea Legislativa a la Ley de Servicio Público y al veto presidencial, que significa arrebatarle a este sector una serie de beneficios, conquistas, subsidios, que los habían logrado en el transcurso de varios años.

Las tropas amotinadas denuncian estos hechos, exigen incluso el cambio de la cúpula de la institución, pero en ningún momento se pronuncian por un cambio de gobierno, por su derrocamiento y más bien solicitan el diálogo, el cese de las actitudes autoritarias y que se atienda su situación. En estas condiciones, esa lucha de las tropas policiales, se añade a la de otros sectores populares en defensa de sus aspiraciones, de sus derechos y conquistas.

Los revolucionarios, la izquierda, los comunistas, asumimos como un deber el apoyo a esta y todas las luchas que defiendan los intereses populares y del país. Consideramos que es una falacia acusar de que estas acciones formen parte de una “conspiración” en contra de la democracia, del gobierno constituido y que sea parte de un intento de “golpe de Estado” de los “fascistas”, de la “derecha”, con la “participación de la izquierda”, sin que se demuestre para nada estas implicaciones.

La insistente denuncia del régimen sobre el supuesto “golpe de Estado contra la democracia ecuatoriana” trajo inmediatamente los respaldos del gobierno norteamericano y de la ONU; pero a la vez generó también, los pronunciamientos de la UNASUR, de los gobiernos de la región como Venezuela, Bolivia, Argentina, Paraguay, y también de Colombia, Chile y Perú.

Corresponde señalar que la mayoría de organizaciones sociales que han reivindicado sus aspiraciones, han deslindado campos y denunciado las reales o supuestas acciones de conspiración de la derecha, de la partidocracia, de las oligarquías y el imperialismo. De esta manera se pronunciaron CONAIE, ECUARRUNARI, las Centrales Sindicales, el Frente Popular y todas sus organizaciones, de modo que las acusaciones de conspiración caen por su propio peso.

El mismo Jefe del Comando Conjunto de las Fuerzas Armadas, General Ernesto González, respaldó el orden constitucional, insistió en el pedido para la revisión o anulación de la Ley de Servicio Público, causante de los conflictos, al comparecer en la cadena indefinida y obligatoria, ordenada por el gobierno a todos los medios de comunicación del país; igual fue la petición de todos los voceros de los policías insubordinados, mientras los canales y medios pudieron recoger esos pronunciamientos para que se atiendan sus necesidades. La famosa “conspiración contra la democracia” que el gobierno y sus servidores denuncian, no aparece por ninguna parte…

Los acontecimientos eran graves y generalizados, pero se desbordaron, cuando haciendo gala de prepotencia, en abierta actitud imprudente, Correa fue a enfrentarse con los rebeldes y recibió el rechazo, incluso los irascibles excesos, de quienes se hallaban en el Regimiento Quito; quedó asilado en el Hospital de la Policía desde donde en horas de la noche fue sacado en medio de un sorprendente y desproporcionado operativo militar que fuera difundido por radio y TV a todo el país, poniendo en grave riesgo la vida del propio mandatario, provocando varias víctimas fatales de dicha acción, decenas de heridos, graves daños a las instalaciones de esa casa de salud.

Luego de su espectacular salida, Correa llega en medio de aplausos y vítores de sus partidarios a la Plaza Grande, para repetir las poses autoritarias, prepotentes y conminatorias; acusar sin pruebas, deformar la verdad y llama a la “vindicta pública”, que “no habrá perdón ni olvido” frente a los conspiradores, etc.

Los revolucionarios, los comunistas, los trabajadores y los pueblos, tenemos claro que la democracia es una conquista de las masas a lo largo de centenas de años y por eso la defendemos a pesar de sus limitaciones y exclusiones. La democracia representativa es una expresión del poder de las clases dominantes, resguarda sus intereses; para la gran mayoría, para las clases trabajadoras, sigue siendo una retórica en cuyo nombre se los excluye y atropella. Teniendo claro estos conceptos, la lucha social, las acciones de los trabajadores y los pueblos, la propia rebelión de la tropa de la policía, no se propuso ni plantea quebrar la vida institucional del país y menos es resultado de los afanes conspirativos y golpistas de la derecha, la partidocracia y el imperialismo. El camino de los trabajadores y los pueblos, de la izquierda revolucionaria está claramente definido, es la marcha independiente en busca de su liberación definitiva y cotidianamente en la lucha por sus derechos, aspiraciones, conquistas sociales y democráticas.

Es necesario afirmar, sin embargo, que la prédica gubernamental de que se producía un “golpe de Estado”, tuvo éxito y confundió a un sector de la opinión pública del país y del exterior. En el ámbito popular las cosas están claras. Los acontecimientos de ayer son un nuevo episodio de la lucha social.

Más allá de las actitudes vengativas, retaliatorias y de las sanciones que aplique el régimen, ello deja profundas heridas en las tropas policiales y en varios sectores sociales; el gobierno de la “revolución ciudadana” que ahora canta victoria, debe saber que la lucha de los trabajadores, la juventud y los pueblos continúa; porque seguimos en crisis, sigue la injusticia, las desigualdades sociales aumentan, se desborda y no se sancionan los actos de corrupción. La efervescencia, la lucha social y la aspiración del verdadero cambio se va constituyendo en una bandera de cada vez mayores y más grandes sectores de nuestros pueblos. Crece la conciencia popular!

Exijamos la anulación de los vetos presidenciales y de los elementos antipopulares y antinacionales que contienen las leyes conexas como las reformas a la Ley de Hidrocarburos, la Ley de Ordenamiento Territorial, de Servicio Público, Educación Superior, el Código de las Finanzas Públicas y otras que perjudican a los trabajadores, la juventud y los pueblos. Del mismo modo, por la derogatoria inmediata del “estado de excepción”, pues desde el gobierno se señala que no hay ninguna conmoción interna.

Hoy es la hora de trabajar más insistentemente por la unidad de todos los sectores que defendemos nuestras justas aspiraciones, conquistas sociales y derechos; por quienes luchamos un futuro mejor. En esto reside, sin duda, la fortaleza de los pueblos, en ello está la garantía de la victoria!!


PARTIDO COMUNISTA MARXISTA LENINISTA DEL ECUADOR
Comité Central
1º. de septiembre de 2010