Abaixo trechos da matéria "Melhor gestor dos EUA prevê novo crash nas bolsas", da Revista Exame, em que um gestor burguês prevê uma nova crise nos EUA, entre 2 a 5 anos, de magnitude igual ou pior à de 2008. Mas para isso não ocorrer ele já dá a receita: cortes de gastos do governo de 350 a 500 bilhões por ano.
O gestor de fundos de ações que obteve a maior rentabilidade nos Estados Unidos nos últimos 25 anos acredita que as bolsas podem sofrer um novo "crash" se o governo americano não começar em breve a reduzir o déficit público e o elevado endividamento. Em entrevista à revista Fortune, Bob Rodriguez, responsável pela gestão de 16 bilhões de dólares na First Pacific Advisors, diz que "em dois a cinco anos" o mundo pode ter uma crise "de magnitude igual ou maior" que a de 2008.
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Ele considera que a dívida pública americana – que oficialmente corresponde a 64% do PIB – é muito maior do que se divulga e lembra que obrigações a serem cumpridas pelo programa de saúde Medicare e pelas agências de crédito Fannie Mae e Freddie Mac também deveriam ser contabilizadas. A situação, portanto, é bem pior do que parece. Se os EUA não fizerem nada para reduzir o endividamento até 2012, os investidores vão começar a temer o pior. Essa situação poderia levar ao aumento da percepção de risco dos títulos do Tesouro americano. Rapidamente o governo seria obrigado a pagar juros mais altos para se financiar– o que poderia gerar uma crise de confiança no mercado financeiro.
Para quem é considerado um "profeta do Apocalipse", Rodriguez até que parece ser justo com o governo. Ele admite que o problema ainda não seja irreparável. O governo americano precisa começar a cortar os gastos em 350 bilhões a 500 bilhões de dólares por ano e evitar futuras surpresas. O grande problema é que ele não acredita que o presidente Barack Obama esteja disposto a fazer a reforma fiscal necessária. A hora, portanto, seria de começar a reduzir o risco do portfólio de investimentos, baixando a exposição a ações e a títulos de segunda linha.
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