Alguns criacionistas tentam se convencer de que a ciência moderna só chegou até aqui porque iniciou sua caminhada apoiando-se na muleta da religião.
Mas quando examinamos o início da ciência entre os gregos (que não é a ciência moderna, mas sim a Filosofia, a investigação apoiada na razão), vemos que ela surgiu justamente quando se separou dela.
Quando as respostas prontas deixaram de ser verdades absolutas reveladas pelos deuses, quando o mundo deixou de ser simples para se tornar um mistério, foi aí que a ciência passou a existir e caminhar.
E séculos depois, já no período do helenismo, sob Alexandre, o Grande, o desenvolvimento científico alcançou um desenvolvimento respeitável - e note-se que nessa época não existia o cristianismo, o qual, segundo alguns criacionistas modernos, é o grande responsável pelo desenvolvimento atual da ciência (eles querem ser o "pai da criança").
A religião hoje faz cada vez mais concessões à ciência. Esta empurra a religião para dentro de limites cada vez mais estreitos. Interpretações outrora tradicionais dos textos sagrados sofrem constantes revisões para tomar novo fôlego, para se "modernizar" no debate científico. Mas não se sabe quanto tempo ainda duram. Parece que pouco.
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